O Banco Central da Inglaterra (BoE) decidiu na última quinta-feira (3) elevar a taxa básica de juros do país em 0,25 ponto percentual. Dessa forma, a taxa avançou de 0,25% para 0,50% ao ano. A saber, a elevação veio em linha com as estimativas do mercado.
Essa é a segunda elevação consecutiva dos juros no país. Aliás, o BoE foi o primeiro grande banco central do planeta a elevar os custos dos empréstimos desde a decretação da pandemia da Covid-19 em março de 2020. Isso ocorreu em meados de dezembro de 2021.
Em suma, o Comitê de Política Monetária do BoE, composto por nove membros, decidiu por unanimidade elevar a taxa de juros no país. Essa decisão ficou novamente à frente de outros grandes bancos centrais do mundo, que também tentam contar o aumento da inflação.
Já em relação ao programa de flexibilização quantitativa (QE), não houve mudanças nas medidas vigentes. Em resumo, o BoE continuará com a compra de ativos no valor de 875 bilhões de libras esterlinas. O banco também manteve o estoque de compras de bônus corporativos em 20 bilhões de libras.
Inflação deve superar 7%
De acordo com a agência de notícias Dow Jones, o Comitê de Política Monetária acredita que a inflação superará os 7% no país em alguns meses. Isso deverá ocorrer devido ao baixo desemprego e ao aumento dos salários.
Além disso, o país sofre com os preços elevados da energia, que também afetam a zona do euro. Aliás, a região encerrou janeiro com a maior taxa inflacionária em mais de 30 anos. Da mesma forma, os países que formam a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) também registraram a maior inflação em 30 anos.
Na reunião do banco central, os presentes tentaram encontrar maneiras de equilibrar a alta dos juros para conter a inflação e os riscos que a pandemia da Covid-19 ainda proporciona. Em síntese, o risco de desaceleração econômica sempre pesa nas reuniões. E os juros altos tendem a desaquecer a economia local.
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