O Banco Central da Inglaterra (BoE) decidiu nesta quinta-feira (16) elevar a taxa básica de juros do país em 0,15%. Dessa forma, a taxa avançou de 0,10% para 0,25%. Aliás, o BoE é o primeiro grande BC do planeta que decidiu elevar os custos dos empréstimos desde a decretação da pandemia da Covid-19 em março do ano passado.
Em resumo, o Comitê de Política Monetária do BoE, composto por nove membros, decidiu por 8 votos a 1 aumentar a taxa de juros no país. A representante Silvana Tenreyro votou contra o aumento, afirmando que a variante ômicron ainda causa muito preocupação. De acordo com ela, a taxa deveria ter sido mantida, pelo menos, até janeiro.
Vale destacar que o banco inglês não sabe o impacto no médio e longo prazo da ômicron devido aos poucos dados sobre a nova variante. Na verdade, a expectativa é que a cepa afete o país no curto prazo. No entanto, como há indefinição sobre o futuro, a maioria dos membros do comitê decidiu pelo aumento dos juros na reunião.
Já em relação ao programa de flexibilização quantitativa (QE), tudo ficou igual. Em suma, o BoE continuará com a compra de ativos no valor de 875 bilhões de libras esterlinas.
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Além disso, o banco também divulgou suas novas projeções para a taxa de desemprego no país. A saber, a expectativa é que a taxa encerre o quarto trimestre deste ano em 4%, ante 4,5% projetado na reunião anterior.
O comitê do BoE também revelou que as estimativas continuam indicando elevação da inflação nos próximos meses. Em síntese, a taxa inflacionária deverá chegar aos 5% no inverno europeu, alcançando um pico em abril de 2022, de 6%.
Por falar em inflação, a taxa no Reino Unido chegou ao maior patamar em mais de dez anos. Isso ocorreu, principalmente, devido à disparada dos preços dos combustíveis, especialmente a gasolina. Contudo, o Reino Unido também sofre com uma inflação elevada em diversos segmentos, como os de roupas, alimentos e carros seminovos.
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