Nesta quarta-feira (21), o Banco Central revelou o plano de implementação do “Pix Automático”, um novo recurso que permitirá pagamentos recorrentes por meio do Pix. Eles planejam lançar este serviço em abril de 2024, e o mais interessante é que eles o oferecerão gratuitamente.
A nova funcionalidade do Pix facilitará o pagamento de contas e assinaturas, que poderão ser cadastradas antecipadamente pelos usuários. Isso significa que os clientes poderão realizar pagamentos regulares, como contas de serviços públicos e assinaturas de serviços de streaming, de maneira rápida e eficiente.
Na prática, a introdução do Pix Automático representa uma alternativa viável ao serviço tradicional de débito automático. Com essa inovação, o Banco Central espera oferecer mais comodidade e flexibilidade aos usuários do Pix, além de impulsionar ainda mais a adesão a este sistema de pagamento.
As mudanças com o Pix Automático
O Pix, como existe atualmente, permite agendar transferências ou o pagamento de boletos. Entretanto, o Pix Automático inova ao permitir seu cadastro diretamente com as empresas ao contratar serviços recorrentes, habilitando assim o débito automático do valor da conta do cliente. Essa inovação facilitará o pagamento automático de contas recorrentes, tais como água e luz.
Vale ressaltar que o serviço de débito automático atualmente disponível em algumas empresas é restrito a acordos entre a empresa prestadora do serviço e bancos específicos. Portanto, usuários que não possuem contas em determinados bancos acabam sendo excluídos. Porém, o Pix Automático, promete expandir o leque de opções ao usuário, conforme as expectativas do Banco Central.
O plano de implementação do Pix Automático já possui um cronograma detalhado. Entre junho e agosto, ocorrerá a fase de especificação do serviço. Posteriormente, a divulgação das regras ocorrerá em setembro, seguida pelo desenvolvimento dos sistemas entre outubro e fevereiro. Dessa forma, planeja-se realizar os testes finais em março, logo antes do lançamento oficial em abril. Este cronograma, em resumo, recebeu aprovação na última segunda-feira (19).
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Cobrança de tarifa por pessoas jurídicas
O Palácio do Planalto, juntamente com a Caixa Econômica Federal, decidiu suspender o início da cobrança de tarifa para transferências via Pix realizadas por pessoas jurídicas. Contudo, a instituição financeira não excluiu completamente a possibilidade de introduzir tal medida no futuro. Em um comunicado, a Caixa explicou que a suspensão tem o objetivo de ampliar o período em que os clientes podem se adaptar e receber informações claras sobre o assunto, especialmente considerando a disseminação de informações falsas que geraram especulações.
A Caixa Econômica Federal declarou que começaria a cobrar pessoas jurídicas privadas a partir de 19 de julho, mantendo, contudo, a isenção para microempreendedores individuais e pessoas jurídicas públicas. No entanto, o Ministro da Casa Civil, Rui Costa, mencionou que a pausa na cobrança ocorreu a pedido do próprio presidente Lula. Disse: “Foi pedido que suspendessem temporariamente até o presidente estar de volta na semana que vem para que isso seja validado”
Segundo a Caixa, a autorização para cobrar a tarifa do Pix em questão decorre de uma resolução do Banco Central datada de outubro de 2020 e é uma prática comum entre quase todas as instituições financeiras. O banco explicou que a decisão de implementar a cobrança existia desde o ano passado, mas estava pendente de ajustes tecnológicos necessários para sua efetivação.
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