O Banco Central informou ao mercado que vai manter o movimento da queda de juros que começou na última quarta-feira, 2. Na semana passada, a autarquia reduziu a taxa Selic de 13,75% para 13.25%. Com isso, especialistas afirmam que a queda será brusca, mas reiteram que o mercado financeiro costuma subestimar esses movimentos.
Na ata do COPOM, a entidade afirma que seguirá cortando os juros em 0,5 ponto percentual e refutou a ideia de aumentar o ritmo do corte de juros. Na reunião, a decisão de corte foi unânime, mas alguns diretores votaram pela redução de 0,25 ponto percentual.
Inflação ainda preocupa
A principal função do Banco Central, prevista em lei, é manter os níveis de inflação dentro da meta estipulada pelo Governo Federal. Para isso, o principal instrumento para efetivar essa meta é a taxa Selic. Quanto mais alta a taxa, mais baixa a inflação, e vice-versa. Contudo, uma taxa alta também gera problemas na economia, aumentando o desemprego e prejudicando o empreendedorismo.
Por isso, um corte de juros serve para incentivar a retomada da economia. Tendo isso em vista, o Banco Central cortou a Selic de 13,75% para 13,25% na última quarta-feira, 2. Em nota, a autarquia afirma que precisa “manter uma política monetária ainda contracionista”, para evitar que a inflação volte a pressionar os orçamentos domésticos.
Por outro lado, a entidade afirma que o corte de 0,5 ponto percentual é explicado pela “clara melhora nos índices de inflação cheia”. Apesar disso, refutou que, nos próximos encontros, poderá aumentar os cortes da Selic para algo além de 0,5 ponto percentual.
Por isso, o mercado começa a prever uma Selic de 11,75% no final do ano, e uma taxa de 9%, aproximadamente, para 2024. Apesar disso, economistas afirmam que a taxa ainda é alta e que o processo de corte de juros deve durar mais de um ano.
Como o corte do Banco Central afeta sua vida?
Apesar de ser uma notícia que parece distante da realidade de muitas pessoas, a queda dos juros éalgo fundamental para o andamento da economia. Isso porque taxas altas impedem o crescimento do país e a geração de empregos em períodos mais longos. Porém, essa é a medida mais eficiente para diminuir a inflação no curto prazo. Uma redução da Selic pelo Banco Central tem o efeito contrário.
- Empréstimos tendem a ficar mais acessíveis;
- Financiamentos tendem a ter parcelas menores
- Crédito para PJ deve ficar mais acessível, ajudando a criação de empresas e a geração de emprego
O resultado é que a compra de produtos mais caros fica mais viável. Dessa forma, a compra da casa própria, de carros e também a contratação de viagens tende a ficar mais simples para os brasileiros com a queda da Selic pelo Banco Central.