A balança comercial brasileira encerrou 2022 com o melhor resultado anual já registrado. A saber, o país conseguiu fechar o ano passado com o maior superávit da história, de US$ 62,3 bilhões. O Ministério da Economia divulgou os dados nesta segunda-feira (2).
De acordo com a pasta, o valor cresceu 1,5% em relação a 2021, quando o superávit havia sido de US$ 61,4 bilhões. Aliás, esse é o oitavo resultado positivo consecutivo da balança comercial, após os déficits registrados em 2013 (-US 8,9 bilhões) e 2014 (-US 9,9 bilhões).
No ano passado, o superávit foi possível graças ao número elevado de exportações, que totalizaram US$ 335 bilhões. Por sua vez, as importações somaram US$ 272,7 bilhões em 2022.
Em resumo, o país registra superávit comercial quando as exportações superam as importações, e foi justamente isso o que ocorreu em 2022. Por outro lado, quando as importações são superiores, tem-se déficit comercial.
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Desempenho da balança comercial em 2022
Segundo o Ministério da Economia, os principais produtos exportados pelo Brasil em 2022 foram:
- Soja – US$ 46,7 bilhões
- Óleos brutos de petróleo – US$ 42,7 bilhões
- Minério de ferro e seus concentrados – US$ 28,9 bilhões
- Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos – US$ 13 bilhões
- Milho não moído, exceto milho doce – US$ 12,3 bilhões
- Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada – US$ 11,8 bilhões
Todos estes itens tiveram alta em seu valor total exportado. O maior avanço foi registrado pelo milho (+194,1%), seguido pelos óleos combustíveis (+79,5%) e carne bovina (+48,2%). Já a menor variação percentual veio da soja (+20,8%), que manteve a liderança nacional.
Do lado das importações, o Ministério do Desenvolvimento destacou o forte crescimento de 24,3% em relação a 2021. A saber, este resultado também foi recorde para a série histórica, que teve início em 1989.
“O conflito no leste europeu [guerra na Ucrânia] trouxe desequilíbrios para o mercado de fertilizantes, o que encareceu a cotação internacional desses produtos e deixou um cenário de incertezas sobre seu fornecimento”, explicou a pasta.
“Também houve o encarecimento do trigo, já que a Ucrânia é um dos principais produtores mundiais”, informou.
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