A balança comercial brasileira encerrou setembro com um superávit de US$ 4,322 bilhões. A saber, esse valor ficou 15% menor que o registrado no mesmo mês de 2020. Aliás, em setembro do ano passado, o superávit chegou a US$ 5,1 bilhões.
De acordo com dados do Ministério da Economia, o superávit em agosto resulta da subtração das exportações (US$ 24,284 bilhões) pela importações (US$ 19,962 bilhões). Em resumo, amédia diária das exportações saltaram 33,3% na comparação com setembro de 2020, enquanto as importações dispararam 51,9%
“As exportações foram impulsionadas pela indústria extrativa, que vem crescendo significativamente ao longo do ano e aumentou 41,1% no comparativo com setembro de 2020, e também pela indústria de transformação, que teve 36,2% de crescimento”, disse o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão.
A propósito, superávit ocorre quando há mais exportações do que importações no mês. Contudo, havendo mais importações, o resultado comercial será deficitário. O Ministério da Economia divulgou os dados na última sexta-feira (1º)
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Segundo o Ministério, a balança comercial acumula um superávit de US$ 56,433 bilhões entre janeiro e setembro de 2021. Esse valor é recorde da série histórica, iniciada em 1989, para os nove primeiros meses de um ano.Em suma, as exportações somaram US$ 213,223 bilhões entre janeiro e setembro. Por sua vez, as importações atingiram US$ 156,79 bilhões.
Para este ano, o Ministério da Economia projeta um superávit de US$ 70,9 bilhões da balança comercial. Caso haja confirmação do valor no final do ano, o montante superará em 40,7% o volume observado em 2020 (US$ 50,9 bilhões).
Em síntese, essa estimativa é bem menos expressiva que as divulgadas anteriormente. A saber, o ministério previa em julho que o ano de 2021 chegaria ao fim com superávit de US$ 105,3 bilhões. Esse recuo ocorreu devido à desaceleração nos preços dos produtos que o Brasil exporta, segundo o subsecretário Brandão. Ao mesmo tempo, houve aumento da demanda por combustíveis vindos do exterior.
Por fim, Brandão explicou que, em junho, a recuperação econômica mundial seguia crescendo expressivamente. Contudo, setembro sofreu com “preços para exportação menos aquecidos” e “preços dos bens importados crescentes”. E isso aconteceu por causa da “demanda interna aquecida principalmente por commodities energéticas, como gás natural e óleos combustíveis”.
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