A balança comercial brasileira encerrou fevereiro deste ano com um superávit de US$ 4,049 bilhões. A saber, este é o melhor resultado para o mês desde 2017, quando o superávit foi de US$ 4,229 bilhões. O Ministério da Economia divulgou os dados nesta quinta-feira (3).
De acordo com o ministério, o superávit em fevereiro resulta da subtração das exportações (US$ 22,913 bilhões) pelas importações (US$ 18,863 bilhões). A média diária de exportações cresceu 32,6% no mês, na comparação com fevereiro de 2021. Já as importações subiram 22,9% na base anual.
Aliás, quando as exportações superam as importações o país registra superávit comercial. Por outro lado, quando as importações são superiores, tem-se déficit comercial. E tanto as exportações quanto as importações bateram recorde para o mês de fevereiro, ou seja, este foi o melhor resultado desde o início da série histórica, em 1989.
Em suma, as exportações da agropecuária cresceram 114,2% em relação a fevereiro de 2021. Já as vendas da indústria de transformação tiveram alta de 29% em um ano, enquanto as exportações da indústria extrativa avançaram 3,7% no período.
Por sua vez, as importações da agropecuária caíram 2,7% em um ano. Em contrapartida, as aquisições do exterior pela indústria extrativa dispararam 142,3% Já as importações da indústria de transformação tiveram alta de 17% no mês.
Resultado da balança comercial no bimestre
Com o acréscimo do resultado de fevereiro, a balança comercial brasileira fechou o bimestre com um superávit de US$ 3,835 bilhões. A saber, esse valor representa um crescimento de 137,3% na comparação com o mesmo período de 2021, quando o superávit chegou a US$ 1,616 bilhão.
Em resumo, as exportações somaram US$ 42,548 bilhões no acumulado de janeiro e fevereiro, alta de 29% na base anual. Já as importações totalizaram US$ 38,713 bilhões, crescimento de 23,8% em um ano.
A saber, o mercado financeiro estima que a balança comercial brasileira tenha um superávit de US$ 57,20 bilhões em 2022. Por sua vez, o Banco Central (BC) projeta um superávit menor, de US$ 52 bilhões neste ano.
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