A balança comercial brasileira encerrou outubro com um superávit de US$ 2 bilhões. A saber, o montante registrado representa um forte tombo de 54,5% na comparação com o valor registrado no mesmo mês de 2020. Aliás, em outubro do ano passado, o superávit chegou a US$ 4,777 bilhões. Já na comparação com setembro, o superávit ficou 53,7% menor.
De acordo com dados do Ministério da Economia, o superávit em outubro resulta da subtração das exportações (US$ 22,5 bilhões) pela importações (US$ 20,5 bilhões). Embora o saldo da balança comercial tenha caído em um ano, tanto o volume de exportações quanto de importações cresceram em outubro deste ano.
De acordo com o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão, a elevação de preços dos bens importados pelo Brasil segue impulsionando o valor gasto pelo país para trazer bens do exterior.
“A importação brasileira até agosto foi mais influenciada pelo aumento do volume importado e, agora, está sendo mais influenciada pelo aumento dos preços dos bens importados”, disse Brandão.
A propósito, superávit ocorre quando há mais exportações do que importações no mês. Contudo, havendo mais importações, o resultado comercial fica deficitário. O Ministério da Economia divulgou os dados nesta quarta (3)
Veja mais detalhes do desempenho da balança comercial no ano
Segundo o Ministério, a balança comercial tem um superávit de US$ 58,6 bilhões entre janeiro e outubro de 2021. Esse valor é recorde da série histórica, iniciada em 1989, para os dez primeiros meses de um ano. Em suma, as exportações somaram US$ 235,9 bilhões entre janeiro e outubro. Por sua vez, as importações atingiram US$ 177,3 bilhões.
Para este ano, o Ministério da Economia projeta um superávit de US$ 70,9 bilhões da balança comercial. Caso haja confirmação do valor no final do ano, o montante superará em 40,7% o volume observado em 2020 (US$ 50,9 bilhões).
Em síntese, essa estimativa é bem menos expressiva que as divulgadas anteriormente. A saber, o ministério previa em julho que o ano de 2021 chegaria ao fim com superávit de US$ 105,3 bilhões. Esse recuo ocorreu devido à desaceleração nos preços dos produtos que o Brasil exporta, segundo o subsecretário Brandão. Ao mesmo tempo, houve aumento da demanda por combustíveis vindos do exterior.
Por fim, Brandão explicou que o resultado de 2021 dependerá do comportamento dos preços internacionais até o final do ano. “A exportação está dentro do nosso previsto. Já a importação, com esse crescimento de preços, excede marginalmente a previsão desse mês de outubro. Mas é esperado um desaquecimento nos próximos meses”, disse.
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