Números revelados nesta terça-feira (01) pela da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que, em julho, a balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 9,035 bilhões, com exportações que somaram US$ 29,062 bilhões e importações que totalizaram US$ 20,027 bilhões.
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O número superou a expectativa de economistas, que esperavam um saldo positivo de US$ 8,223 bilhões para o período. Segundo a Secex, que é ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), a projeção é de que o ano termine com um saldo positivo para a balança comercial de US$ 84,7 bilhões – a secretaria projeta exportações de US$ 330,0 bilhões no ano e importações de US$ 245,2 bilhões.
A balança comercial no ano
Segundo os dados revelados pela Secex, o saldo comercial acumulado no ano até julho foi de US$ 54,100 bilhões. Este desempenho, conforme a pasta, foi resultado de exportações de US$ 194,742 bilhões, contra importações de US$ 140,642 bilhões.
Indústria brasileira
Outro relatório divulgado nesta terça diz respeito à produção industrial brasileira, que apresentou uma melhora no segundo trimestre em relação aos três primeiros meses de 2023.
De acordo André Macedo, analista do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística para a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), em entrevista ao jornal “Valor Econômico”, houve uma alta de 0,4% na produção do segundo trimestre em relação ao trimestre imediatamente anterior, que apresentou estabilidade sobre os últimos três meses de 2022.
“Tem de fato aí algum grau de melhora”, afirmou ele, completando que este desempenho do segundo trimestre foi o melhor, na comparação com trimestres imediatamente anteriores, desde terceiro trimestre de 2022.
“A indústria está hoje 0,5% acima de patamar encerrado ano passado”, destacou o especialista, que ressaltou, no entanto, que o setor ainda não se recuperou de perdas observadas em meses anteriores. Em junho, por exemplo, a indústria estava 18% abaixo de maio de 2011, patamar mais alto da produção industrial. “Não conseguimos recuperar de forma mais consistente em relação ao ponto mais alto da série”, disse ele.
Ainda durante a entrevista, o especialista relatou que, ao se aprofundar na análise da indústria, nota-se “um grau de preocupação importante”. Nesse sentido, ele destaca que o índice de difusão do setor, percentual de produtos com crescimento de atividade no mês, ficou abaixo de 50% em junho – em julho, o percentual foi de 34,3%, ante 79% em maio.
“A entrada do mês de junho [na série da indústria] acende sinal de alerta pelo comportamento interno de resultados. Há um número maior de atividades em queda, e o índice de difusão está abaixo de 50%”, disse André Macedo.
“Chama atenção esse comportamento de predominância negativa [nos ramos industriais]”, completou ele, finalizando que o aumento na indústria geral, observado na PIM-PF em junho ante maio, foi causado por altas na produção industrial em poucos setores.
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