A balança comercial brasileira alcançou uma marca que não se viu nos últimos dois anos. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, houve superávit de US$ 50,995 bilhões em 2020, na comparação com 2019. Aliás, vale ressaltar que o resultado ficou positivo, principalmente, devido à queda das importações no país, mesmo também havendo retração nas exportações nacionais.
De acordo com a publicação, na comparação com 2019, o superávit registrou alta de 6,2%. Já pelo critério da média diária, que divide o saldo total pelo número de dias úteis, o avanço chegou a 7%. A propósito, em 2017, o indicador atingiu um nível recorde, de US$ 66,989 bilhões. Nos anos seguintes, o superávit caiu para US$ 58,033 bilhões, em 2018, e US$ 48,035 bilhões, em 2019. Assim, com o resultado de 2020, houve uma quebra nessa sequência de desaceleração.
Exportações somam mais de US$ 200 bilhões
Em resumo, as exportações nacionais em 2020 atingiram a marca de 209,921 bilhões. Este valor representa uma queda de 6,1% na comparação com 2019 pelo critério da média diária. Contudo, apesar deste recuo, também houve retração nas importações do país (-9,7%), que chegaram a US$ 158,926 bilhões. Ou seja, mesmo com a queda nas exportações, a balança comercial apresentou superávit, porque as importações caíram ainda mais em 2020. Em outras palavras, o saldo comercial cresceu no acumulado do ano.
Vale ressaltar que a pandemia da Covid-19 figurou como a principal responsável pelos resultados da balança comercial. Em síntese, o Brasil passou a exportar menos, visto que o consumo mundial recuou. No entanto, ao mesmo tempo, o país também passou a comprar menos do exterior devido à alta de quase 30% do dólar em 2020, na comparação com o real. E, nesse caso, a apreciação da moeda americana também foi resultado dos impactos provocados pela pandemia.
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