A companhia aérea Azul reportou um expressivo recuo de 31% na demanda total por voos em janeiro de 2021, na comparação com o mesmo período do ano passado. Da mesma forma, houve uma forte retração 25,3% na oferta de assentos no primeiro mês deste ano, nessa base de comparação. A saber, a empresa aérea divulgou as informações nesta segunda-feira (8), segundo dados do seu tráfego aéreo em janeiro.
Em resumo, a oferta de voos da Azul atingiu 2,293 milhões de passageiros. Já os assentos somaram 2,913 milhões. Além disso, a taxa de ocupação das aeronaves da empresa aérea chegou a 78,7% no mês passado. Este índice ficou abaixo do registrado em janeiro de 2020, quando a ocupação das aeronaves atingiu 85,2%.
Vale ressaltar que, analisando apenas os voos domésticos, a demanda foi 11,7% menor, enquanto a oferta de assentos caiu 6,1%. Nesse caso, a taxa de ocupação passou de 84,4% em janeiro de 2020 para 79,3% no primeiro mês deste ano. Isso mostra que os voos internacionais sofreram um impacto negativo em janeiro de 2021 muito maior que os voos domésticos. E a pandemia da Covid-19 influenciou diretamente este resultado.
Prejuízo da Azul com a pandemia
Em janeiro de 2020, o mundo ainda não sofria com a crise sanitária, nem com as medidas adotadas pelos governos para conter o seu avanço. E, nesse cenário, o setor de viagens foi um dos mais afetados, com limitações de locomoção e de aglomeração em espaços pequenos. Nesse caso, as aeronaves, que tiveram limitadas as ofertas de assentos.
Agora, em 2021, apesar de a pandemia estar prestes a completar um ano, ainda não há perspectiva para o seu fim. Tudo depende do ritmo de vacinação dos países e da eficácia das vacinas contra a Covid-19. Contudo, há um grande problema pela frente: as novas variantes do vírus, que surgem semanalmente. Atualmente, as novas cepas do Reino Unido, da África do Sul e do Brasil são as que mais preocupam os estudiosos, por serem, possivelmente, mais contagiosas.
Em 2020, muitas empresas sofreram grandes prejuízos com a pandemia da Covid-19. Infelizmente, a situação não mudou muito neste ano, e as companhias aéreas permanecem sofrendo impactos negativos com as medidas restritivas adotadas pelos países. A saber, diversos países estão proibindo voos vindos do Brasil de desembarcarem em seus territórios. E o resultado registrado pela Azul confirma essa situação.
Em síntese, as operações internacionais da Azul sofreram grande perda de 86,4% em janeiro. Dessa forma, mesmo alcançando níveis mais próximos aos registrados antes da pandemia, em relação aos voos domésticos, a Azul ainda possui diversos desafios para reerguer sua demanda por voos internacionais. E isso só acontecerá quando a crise sanitária estiver controlada. Ou, pelo menos, a nova variante brasileira da Covid-19.
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