A companhia aérea Azul acumulou resultados bastante negativos no terceiro trimestre deste ano. A empresa brasileira registrou um prejuízo líquido de R$ 2,196 bilhões entre julho e setembro. Isso corresponde a um crescimento de 79% em relação ao mesmo período de 2020, época em que a Azul teve um prejuízo de R$ 1,2 bilhão.
De acordo com a companhia, diversos fatores contribuíram para esse desempenho. Em resumo, a pandemia da Covid-19 continuou afetando o setor aéreo no período, mesmo que de maneira mais leve. Além disso, a Azul sofreu com a variação do câmbio e o crescimento dos gastos com a retomada da operação.
A saber, a empresa transportou 6,418 milhões de passageiros pagantes no terceiro trimestre, salto de 43% no comparativo trimestral. No entanto, o valor ainda ficou 13% menor que o registrado no terceiro trimestre de 2019, quando o mundo ainda não sofria com a pandemia. A propósito, a companhia divulgou os dados na última quinta-feira (11).
A Azul destacou que o prejuízo líquido somaria R$ 766 milhões no trimestre caso houvesse ajuste do valor pelos resultados não realizados de derivativo e variação cambial. Nesse caso, o valor representa uma queda de 35,6% na comparação com o segundo trimestre deste ano. Aliás, nessa perspectiva, a Azul teve um lucro de R$ 145 milhões no terceiro trimestre de 2019.
Veja mais detalhes do desempenho da Azul no trimestre
O balanço divulgado também trouxe dados do o Ebitda, que representa os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização. Em suma, o indicador totalizou R$ 485,6 milhões, salto de 144% no comparativo anual. Já em relação ao segundo trimestre deste ano, o valor reverteu o Ebitda negativo registrado entre abril e junho, de -R$ 50,9 milhões.
Por sua vez, a margem Ebitda passou de -3% no segundo trimestre deste ano para 17,9% no terceiro trimestre. Inclusive, a Azul ressaltou que o valor representa um recorde para a companhia no período da pandemia. Contudo, o indicador segue 48% abaixo do nível registrado no terceiro trimestre de 2019.
Por fim, a Azul teve uma receita líquida de R$ 2,7 bilhões entre julho e setembro, disparada de 59% em três meses e de 237% em um ano. Em contrapartida, o valor ficou 10,3% menor que o observado no terceiro trimestre de 2019. Vale destacar o transporte de passageiros, que gerou uma receita de R$ 2,4 bilhões no período, salto de 69,3% no comparativo trimestral.
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