Muitos brasileiros já usam o Pix no cartão de crédito. Se você usa esse método de pagamento com frequência, é importante prestar atenção, pois o Banco Central enviou uma mensagem importante para os adeptos dessa modalidade.
Um dos pontos principais do comunicado envolve a relação do Pix com uma taxa especial, que já é cobrada pelos correntistas de alguns dos bancos mais populares do Brasil.
Desde que foi lançado em 2020, o Pix tem sido adotado por milhões de correntistas em todo o país. Nos últimos meses de 2022, o volume de dinheiro movimentado por meio do Pix superou o valor de todas as outras formas de transferência combinadas. Dessa forma, o Pix se tornou o método de pagamento mais utilizado pelos brasileiros.
A seguir, saiba o que o Banco Central diz sobre o Pix no cartão de crédito.
Afinal, como funciona o Pix no cartão de crédito?
O Pix no cartão de crédito permite usar o limite do cartão para transferências e depósitos via Pix, ou seja, é possível transformar o limite do cartão em dinheiro real e usá-lo para fazer pagamentos instantâneos.
No entanto, é importante lembrar que o uso do Pix no cartão de crédito afeta o limite disponível. Além disso, geralmente há taxas extras associadas ao pagamento da operação.
Desse modo, após efetuar um pagamento com o Pix no crédito, o valor é incluído na próxima fatura do cartão, que deve ser paga dentro do prazo para evitar juros.
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Comunicado sobre o Pix no cartão de crédito
Recentemente, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que o Pix no cartão de crédito pode eliminar a necessidade de cobrança da Merchant Discount Rate (MDR), uma taxa presente em várias transações financeiras.
Vale explicar que a MDR é uma taxa cobrada por empresas credenciadoras aos comerciantes. Com o aumento da utilização do Pix no cartão de crédito, essa taxa deixaria de ser importante.
Sendo assim, a MDR, ou Taxa de Desconto do Mercado, é uma taxa cobrada por empresas financeiras e prestadoras de serviços pela utilização de maquininhas de cartão de crédito e outros métodos físicos de pagamento.
Normalmente, o valor dessa taxa é negociado entre as empresas de cartão e os comerciantes que utilizam as maquininhas em seus negócios.
Incentivo
Durante uma reunião com representantes do setor varejista, o presidente do Banco Central explicou que o uso do Pix no cartão de crédito pode trazer mais praticidade, eficiência e simplicidade para os consumidores e comerciantes brasileiros.
Desse modo, essa forma de transferência se torna uma opção importante, viável e conveniente.
Ademais, não é surpresa que, em 2023, as empresas de cartão de crédito e os bancos sejam os principais responsáveis pelo endividamento e pelo aumento da inadimplência no país.
Portanto, além de oferecer uma ótima alternativa ao sistema de crédito tradicional, a popularização do Pix pode incentivar o uso de pagamentos instantâneos em vários setores produtivos.
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O que o Banco Central disse
Aqui está a declaração completa de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, sobre o Pix no cartão de crédito e a taxa MDR:
“Com essa função de crédito no Pix, teoricamente, não é mais necessário ter cartões de crédito ou MDR. É possível replicar o fluxo que os cartões de crédito fazem atualmente entre o banco, o comerciante e o consumidor”, disse o presidente do BC.
Assim, é por isso que o Banco Central está estudando mudanças importantes nas políticas relacionadas aos cartões de crédito. Essas atualizações visam reduzir o endividamento da população brasileira, que está atingindo recordes em 2023.
“Na forma de parcelamento sem juros, o comerciante decide sobre o crédito e o banco assume o risco. Tivemos uma grande concessão de cartões de crédito. É um produto que nos preocupa, estamos discutindo para encontrar maneiras de melhorar. As pessoas começaram a ter vários cartões e acabaram se endividando. Estamos estudando uma forma de resolver essa situação”, concluiu o representante do Banco Central.
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