O avião F-111 foi um dos mais icônicos da aviação australiana, cujo destino chama atenção até hoje. Vários exemplares, após completarem o ciclo de vida foram enterrados ao invés de serem transformados em sucata, como de costume.
A escola da Força Aérea Australiana Real teve um motivo especial para reduzir os riscos de acidente. Desta forma, no ano de 2011, 23 aviões militares encerraram o tempo de vida em um aterro sanitário localizado no estado de Quennsland, e não em um cemitério de aeronaves como também costuma acontecer.
Mesmo que muitas pessoas não saibam, a Austrália possui um esquema de eliminação de equipamentos militares especializados, justamente no qual o F-111 se encaixa. Tendo em vista que contêm amianto, o descarte da aeronave requer cuidados especiais que, normalmente, resultam em custos mais altos.
O amianto provém de uma família de minérios cuja exposição se assemelha a uma variedade de doenças, como câncer de pulmão e asbestose, provocada pela aspiração do pó deste mineral. Sendo assim, na possibilidade do recorte e fuselagem do avião em pequenos pedaços destinados à reciclagem foi descartada, tendo em vista os riscos à saúde.
Além do mais, o manejo de restos de avião não é tão simples assim, pois alguns deles não podem simplesmente terminar em sucata. Foi então que ficou decidido que os aviões F-111 seriam enterrados no aterro, após a retirada de instrumentos e demais materiais eletrônicos removíveis.
A princípio, 24 F-111 foram adquiridos, porém, mais tarde, 43 aviões do mesmo modelo operacional se reuniram em uma frota. Deste total, oito se acidentaram em serviço de 23 exemplares enterrados. Após cessarem o prazo de operação, cerca de seis unidades permaneceram depositadas em bases militares australianas. O restante foi destinado a museus civis, sendo um deles, o Museu da Aviação Pearl Harbor, no Havaí (EUA).
O F-111 não é um avião de caça, apesar da denominação. Ele é considerado um bombardeio médio. Ele foi desenvolvido pelo General Dynamics na década de 1960 para a Força Aérea dos EUA.
O avião atinge a velocidade de 2.336 km/h, embora possa chegar a 2.5 da velocidade do som quando sobrevoa altitudes maiores. A propulsão ocorre com o auxílio de dois motores, podendo chegar a 4.780 km sem precisar reabastecer. Ele tem 22 metros de comprimento e 5,1 m de altura. Sua geometria é variável, possibilitando que as asas mudem de posição e formem ângulos diferentes em relação à fuselagem, o que se torna uma vantagem tanto em baixas quanto em altas velocidades.