O líder do governo no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ), afirmou nesta quinta-feira (23), que é possível um aumento do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 reais, além de transferir um valor de R$ 1.000 aos caminhoneiros autônomos, como forma de atenuar os efeitos da alta do diesel.
A saber, as ideias foram apresentadas na reunião de líderes do Senado, que discute a PEC 16, medida que originalmente tratava da compensação da perda de arrecadação dos estados que reduzissem o ICMS dos combustíveis.
Desse modo, o novo benefício para os caminhoneiros e o reajuste no Auxílio Brasil, além do Vale Gás, seriam pagos com os cerca de 30 bilhões de reais reservados pelo governo para compensar os estados pela redução do imposto a zero.
Segundo o parlamentar, as medidas seriam uma alternativa à resistência dos estados a adotar tais isenções.
“O mínimo receio pelos atos que os governadores vêm adotando, insensíveis ao momento e à população, nos faz levar a essas outras iniciativas. Há um sentimento de todos os líderes de partidos no Senado de que não fazer nada não é uma opção”, afirmou o senador em entrevista coletiva nesta quinta (23).
Auxílio para caminhoneiros
De acordo com Portinho, o Ministério da Economia calcula que o voucher, também chamado de Pix Caminhoneiro, a ser pago a motoristas profissionais autônomos seja de R$ 1.000, valor acima dos R$ 400 que estavam sendo especulados no início da semana.
Segundo o parlamentar, existe uma condição de emergência internacional que justificaria a concessão desse benefício mesmo em ano eleitoral (uma vez que a lei eleitoral barra esse tipo de pagamento).
“Vem sendo discutido se aqueles programas que estão em vigor podem ser aumentados. O voucher caminhoneiro, sim, porque é um momento de emergência internacional. Acho que é hora de todos os poderes terem sensibilidade”, disse Portinho.
Valor ainda não é o esperado
Para Wallace Landim, presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), o novo valor estudado pelo governo do auxílio para caminhoneiros não é o que a categoria reivindica.
“Eles precisam parar de tentar comprar caminhoneiro. A gente não quer transferência de dinheiro, quer conseguir trabalhar. Se houvesse fiscalização da tabela do frete da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), por exemplo, seria muito mais efetivo. Assim como abrasileirar o custo do serviço”, diz o motorista.
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