Nesta quarta-feira (25), a Polícia Federal (PF) deflagrou a operação “Código-Fonte” no combate a fraudes eletrônicas envolvendo cartões de crédito e pagamentos sociais realizados pela Caixa, incluindo o Auxílio Emergencial. A PF já alcançou o número de 119 ações de combate a fraudes ao pagamento do benefício.
Na operação, os agentes federais cumpriram quatro Mandados de Busca e Apreensão, sendo dois na cidade de São Paulo e um em Jundiaí (SP), envolvendo seis investigados.
Essas ações são resultado da Estratégia Integrada de Atuação contra as Fraudes ao Auxílio Emergencial (EIAFAE), que conta com a participação do Ministério da Cidadania.
“As operações revelam que o trabalho conjunto entre as instituições e órgãos do Governo Federal e da Justiça fará com que não deixemos ninguém impune e estamos recuperando os valores desviados por quem se aproveitou desse momento de pandemia para cometer esse tipo de crime”, destacou João Roma, ministro da Cidadania.
Benefícios sociais fraudulentos
A investigação foi iniciada a partir de informações obtidas após a prisão em flagrante de um suspeito em Várzea Paulista (SP) por saques fraudulentos de benefícios sociais em nome de terceiros.
Os seis integrantes da associação criminosa usavam dados obtidos em bancos de dados privados e, por meio de cruzamento de informações e clonagem de cartões. Assim, com o roubo destes dados, os criminosos assumiam digitalmente suas identidades e sacavam os valores.
As fraudes já ultrapassaram o valor de R$ 680 mil, com a probabilidade de o grupo ter tido acesso a dados de mais de 30 mil cartões.
Agora os investigados vão responder pelos crimes de estelionato com causa de aumento de pena e associação criminosa, podendo pegar até dez anos de prisão.
Outra operação do Auxílio Emergencial
Outra operação foi realizada nesta quarta-feira (25), na qual a Polícia Federal cumpriu Mandado de Busca e Apreensão, expedido pela Justiça Federal de Piracicaba, também para esclarecer crime de fraude ao Auxílio Emergencial.
As apurações apontaram que, num período de 20 dias, os investigados desviaram pelo menos 19 benefícios de terceiros, residentes em diferentes estados no país.
Os investigados, se condenados, responderão pelo crime de furto qualificado mediante fraude, com pena que varia de quatro a oito anos de reclusão.
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