O Auxílio Emergencial ajudou milhões de brasileiros em 2020 e 2021. A saber, o benefício permitiu que as famílias de renda mais baixa enfrentassem os impactos provocados pela pandemia da covid-19 no país. E o impacto do auxílio no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro chegou a 2,5% em 2020.
Os dados fazem parte de um levantamento realizado pelo professor titular de economia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Ecio Costa, e pela P³ Inteligência.
De acordo com o estudo, o auxílio ajudou principalmente os habitantes das regiões Nordeste e Norte do Brasil. Em resumo, o impacto do benefício no PIB da região nordestina foi, em média, de 6,5%, superando significativamente o peso nacional. Já no Norte o impacto chegou a 4,8%.
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Maranhão lidera ranking entre as Unidades Federativas
A saber, o levantamento também revelou que todos os estados do Nordeste e do Norte ocuparam as primeiras posições no ranking nacional. Em outras palavras, o auxílio teve maior impacto nas Unidades da Federação (UFs) dessas duas regiões brasileiras. E o Maranhão liderou o ranking, com o Auxílio Emergencial impactando o PIB do estado em 8,6%.
Veja abaixo a lista de todas as UFs do Norte e do Nordeste, que ocuparam as 16 primeiras posições na lista:
- Maranhão: 8,6%;
- Piauí: 7,9%;
- Paraíba: 6,7%;
- Alagoas: 6,4%;
- Ceará: 6,4%;
- Segipe: 5,9%;
- Acre: 5,9%;
- Bahia: 5,8%;
- Pará: 5,8%;
- Amapá: 5,6%;
- Pernambuco: 5,5%;
- Rio Grande do Norte: 5,3%;
- Roraima: 4,8%;
- Amazonas: 4,3%;
- Tocantins: 4,0%;
- Rondônia: 3,2%.
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Veja as UFs com as menores taxas de impacto do Auxílio Emergencial
Por outro lado, as menores taxas foram registradas pelas UFs das demais regiões. Aliás, apenas Goiás apresentou uma taxa superior à média nacional, enquanto o impacto do auxílio não superou 1,0% apenas no Distrito Federal.
- Goiás: 2,6%;
- Espírito Santo: 2,5%;
- Minas Gerais: 2,5%;
- Mato Grosso: 2,1%;
- Mato Grosso do Sul: 2,1%;
- Rio de Janeiro: 1,9%;
- Paraná: 1,6%;
- Rio Grande do Sul: 1,4%;
- São Paulo: 1,3%;
- Santa Catarina: 1,2%;
- Distrito Federal: 0,7%.
De acordo com o economista Ecio Costa, o Auxílio Emergencial teve um impacto maior que o Auxílio Brasil no PIB dos estados. Em suma, isso aconteceu porque o benefício tinha um número mais expressivo de beneficiários, bem como em relação aos valores pagos.
“De lá para cá tem o efeito da inflação que corroeu o poder de compra dos beneficiários, e é maior ainda para quem precisa do auxílio porque pesa mais sobre os itens que eles mais consomem, que são os alimentos”, explicou Costa.
A saber, o Auxílio Brasil impactou o PIB das regiões brasileiras da seguinte forma: Nordeste (3,45%), Norte (2,16%), Sudeste (0,57%), Centro-Oeste (0,54%) e Sul (0,40%). Em resumo, as taxas ficaram bem menores que as registradas pelo Auxílio Emergencial.
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