Nesta sexta-feira (19) o calendário do auxílio emergencial chegou à liberação de saque da sétima parcela para o último grupo de beneficiários. Sendo assim, oficialmente temos o encerramento do programa.
A saber, aqueles fora do grupo Bolsa Família, nascidos em dezembro receberam a autorização para sacar até R$ 375. O valor depende da composição familiar, isto é, R$ 150 para as famílias com uma única pessoa; R$ 250 para casais e famílias com duas ou mais pessoas; e R$ 375 para aquelas nas quais as mulheres garantem sozinhas o sustento do lar.
Fim do auxílio emergencial
Ao todo, a Caixa Econômica Federal realizou o pagamento de 16 parcelas do auxílio emergencial em 2020 e 2021.
Inicialmente o programa teve cinco parcelas de R$ 600, sendo o valor de R$ 1,2 mil para mães solteiras. De setembro a dezembro de 2020, o auxílio emergencial pagou mais quatro parcelas com a metade do valor: R$ 300, sendo R$ 600 para mães solteiras.
O programa foi retomado em abril deste ano por causa da segunda onda da pandemia de Covid-19, com parcelas entre R$ 150 e R$ 375. Essa nova rodada se encerraria em julho, mas foi prorrogada até outubro, com os mesmos valores para as parcelas.
Vale lembrar que neste ano, o benefício foi pago apenas a quem recebia o benefício em dezembro de 2020 e cumpria requisitos adicionais para ter direito à atual rodada.
Por fim, destaca-se que o auxílio emergencial alcançou quase 68 milhões de pessoas no auge do pagamento do benefício e teve um custo total de mais de R$ 292 bilhões para os cofres públicos.
Diminuição da pobreza
De acordo com Daniel Duque, pesquisador da área de Economia Aplicada do FGV IBRE, no auge dos efeitos do benefício, a pobreza diminuiu no país, mesmo diante da crise sanitária.
Assim, em 2019, 6,6% dos brasileiros estavam na extrema pobreza e 24% na pobreza. Em julho de 2020, entretanto, essas taxas mudaram para 2,4% e 20,3%. No entanto, agora em 2021, as taxas pioraram: são 7% dos brasileiros que estão na extrema pobreza e 27% na faixa de pobreza.
A saber, as informações são extraídas com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua e da Pnad Covid-19 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Pelos cálculos da Rede Brasileira de Renda Básica (RBRB), pelo menos 25 milhões de trabalhadores que recebiam o auxílio emergencial ficarão sem renda após o fim do programa, e não serão incorporados ao Auxílio Brasil. O levantamento foi feito a partir dos dados divulgados pelo Ministério da Cidadania.
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