É fato que a partir de novembro, ao menos 20 milhões de pessoas que atualmente recebem o auxílio emergencial ficarão sem nenhum tipo de benefício.
Isso porque o Governo tomou a decisão de não aplicar nova prorrogação do auxílio emergencial 2021, e realizou o anúncio nesta quarta-feira (20).
Sendo assim, a sétima e última parcela do benefício tem os créditos realizados ainda nesse mês de outubro, e a etapa de liberação de saques, para aqueles beneficiários fora do Programa Bolsa Família (PBF), segue até novembro.
Novembro, inclusive, é o mês projetado para o início da execução do Auxílio Brasil, programa que irá substituir o Bolsa Família, também de acordo com a entrevista coletiva oficial realizada nesta quarta (20) pelo governo federal.
No entanto, apenas parte dos atuais beneficiários do auxílio emergencial terão direito ao enquadramento no novo programa.
Alcance do Auxílio Brasil
O ministro da Cidadania, João Roma, afirmou nesta quarta (20) que o Auxílio Brasil ampliará o alcance do Bolsa Família, saindo dos atuais 14,7 milhões de famílias para um total de 16,9 milhões de famílias até o final do ano.
O objetivo maior é, até o final de dezembro, zerar a atual fila de espera do programa.
A saber, as pessoas que estão na fila são as famílias registradas no Cadastro Único que preenchem os requisitos, mas ainda não ingressaram no programa por falta de verba.
Em relação ao valor, Roma afirmou que o governo quer ampliar a média atualmente paga pelo Bolsa Família em 20%, o que levaria o benefício para algo em torno de R$ 227.
Mencionou também que trabalha com a equipe econômica para que as famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza recebam pelo menos R$ 400 até o final de 2022.
No entanto, o ministro da Cidadania não entrou em detalhes sobre a fonte de recursos para honrar com os novos pagamentos. Disse apenas que haverá responsabilidade fiscal, sem o uso de créditos extraordinários.
Números do auxílio emergencial
De acordo com o levantamento de dados realizado no mês de agosto, o auxílio emergencial de 2021 foi pago a um total de 39,4 milhões de pessoas.
Conforme divulgado pelo Ministério da Cidadania, esse número baixou para 35 milhões em razão das constantes revisões mensais dos cadastros para garantir a elegibilidade dos beneficiários.
Assim, dentro desse quadro, aproximadamente 20 milhões (57%) não estão no Cadastro Único, e também não estão na fila do Bolsa Família. Dessa forma, não devem ingressar no Auxílio Brasil até dezembro.
Ainda mais, cerca de 5 milhões de beneficiários do auxílio emergencial estão no Cadastro Único, mas não no Bolsa Família.
Então, se o governo conseguir alcançar a meta de zerar a fila, parte dessas pessoas ingressará no Auxílio Brasil até o final de 2021, desde que cumpram os requisitos do programa.
Vale destacar que tais critérios ainda não estão definidos. O que se sabe, até o momento, é a necessidade de estar registrado no Cadastro Único.
Contudo, informações tais como calendário de pagamento e faixas de renda para enquadramento no programa ainda serão divulgadas.
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