Nesta terça-feira (28), em cerimônia realizada em Teixeira de Freitas, na Bahia, o presidente Jair Bolsonaro fez uma declaração em referência ao auxílio emergencial, sinalizando que o governo federal poderá atender aos mais necessitados por algum tempo.
“Temos que trabalhar sim, para atender a esses que ainda não retornaram ao mercado de trabalho. O Brasil é grande e próspero. Temos um país rico e podemos atender aos mais necessitados por mais algum tempo e, pedimos a Deus que essa pandemia se vá logo embora e todos nós possamos voltar à normalidade”, disse Bolsonaro.
A sinalização de Bolsonaro vai de encontro ao estudo do Ministério da Cidadania, que prevê o pagamento do benefício emergencial até dezembro.
Como se sabe, oficialmente os pagamentos da rodada do auxílio emergencial 2021 devem finalizar em outubro.
Auxílio emergencial
O presidente destacou ainda os gastos do governo com o programa:
“Somente o ano passado, a título de auxílio emergencial, o Brasil gastou com vocês, aproximadamente, o equivalente a 13 Bolsa Família. Sinal de que nós nos preocupamos com os mais humildes. Também, com outros projetos, conseguimos a manutenção de emprego para quem tinha carteira assinada”, continuou Bolsonaro.
Em relação à uma possível nova prorrogação, poderia ser uma alternativa para aumentar o tempo para negociar uma solução para precatórios e pressionar o Senado em votar a reforma do Imposto de Renda.
Posição contrária
Apesar da sinalização de uma possível prorrogação do benefício, o ministro da Economia, Paulo Guedes, já se manifestou contra o pagamento dos valores em 2022.
O ministro teme que o Congresso Nacional aumente o subsídio do auxílio emergencial, atualmente entre R$ 150 e R$ 375, o que pressionaria ainda mais a inflação.
Para Guedes, a saída, sob o ponto de vista de responsabilidade fiscal, seria viabilizar o Auxílio Brasil, novo programa social, com valor de R$ 300, e ficar dentro do teto de gastos.
Recentemente o ministro deu uma declaração sugerindo um auxílio de R$ 500, no entanto, a fala foi vista como uma forma de pressão para que as discussões da reforma do imposto de renda e dos precatórios sejam finalizadas.
“Inadvertidamente o mundo empresarial vai a Brasília e faz um lobby contra o Imposto de Renda. Ele na verdade está inviabilizando o Bolsa Família. Vai produzir uma reação do governo que é o seguinte: ah é, então quer dizer que não tem fonte não, né? Não tem tu, vem tu mesmo. Então é o seguinte, bota aí R$ 500 logo de uma vez e é auxílio emergencial. A pandemia está aí, a pobreza está muito grande, vamos para o ‘vamos ver’”.
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Uma vergonha acabar com auxílio emergencial, quantas pessoas não irao conseguir se cadastrar no novo programa, só tem agendamento para o mês Março 2022,( vergonha ) depois vem pedir ( voto )