A operação da Dataprev, chamada pelo Ministério da Cidadania para viabilizar o pagamento do Auxílio Emergencial a milhões de brasileiros durante a pandemia da Covid-19, foi apresentada durante seminário com a liderança do Banco Mundial nesta semana.
O diretor de Relacionamento e Negócios da empresa, Alan Santos, detalhou o trabalho realizado pela equipe da Dataprev em tempo recorde.
Auxílio Emergencial
Em 2020 e 2021, o Auxílio Emergencial foi pago a mais de 69 milhões de famílias com a liberação de quase R$ 300 bilhões em recursos. Alan Santos explicou o desafio do órgão para viabilizar o processamento do benefício a pessoas invisíveis na base de dados do governo, sem poder contar com canais de atendimento presencial por causa da pandemia.
Para isso a Dataprev, com o apoio do órgão gestor (Cidadania) precisou integrar outras bases de dados usando informações de renda via Receita Federal, trabalhistas, dados do sistema eleitoral, informações de óbitos pelos cartórios, cadastros estaduais, além das informações já disponíveis pelo Cadastro Único e do Bolsa Família.
“Fomos compondo um mapa para o pagamento da primeira parcela, que se deu seis dias após o início do programa, qualificando o alcance, aperfeiçoando os filtros, agregando novas informações ao longo do programa”, pontuou o diretor.
Ele ainda ressaltou que os dados de todos os beneficiários passaram por validação, mês a mês, de acordo com as regras do órgão gestor, para garantir correção à continuidade do benefício.
O objetivo era estender uma rotina para o controle e combate a fraudes.
“Contamos com ferramentas analíticas poderosas e o tratamento de dados que permitiram todo o trabalho de validação, monitoramento, qualificação e evolução do programa ao longo da sua execução, que inicialmente havia sido preparado para três meses e acabou se estendendo por dois anos”, ressaltou.
O diretor de Relacionamento e Negócios concluiu destacando a parceria entre a Dataprev e o Ministério da Cidadania para o processamento das informações que eram repassadas à Caixa Econômica Federal, que distribuiu os recursos, realizando o pagamento aos brasileiros.
“A parceria garantiu que esse auxílio fosse viável para levar renda para aos brasileiros num momento tão difícil”, destacou Alan Santos.
Benefício volta à discussão
O líder do PCdoB na Câmara, deputado Renildo Calheiros (PE), afirmou que a bancada do partido vai defender, em 2022, a volta do Auxílio Emergencial de R$ 600.
De acordo com o deputado, o auxílio vai servir para movimentar feiras, mercados, padarias, farmácias, fortalecendo a economia e melhorando a vida da população.
“Esse auxílio é muito importante para milhões de brasileiros que ficaram completamente desassistidos na pandemia que ainda persiste. Muitos nem foram incluídos no Auxílio Brasil. Isso tem causado enorme sofrimento a essa imensa parcela da população”, disse o deputado.
Com informações da Dataprev e da Agência Câmara de Notícias
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