A espera para conseguir que o benefício Auxílio-doença seja liberado para o trabalhador que precisa é longa. E isso, segundo dados do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IDBP). E há muitas causas para essa demora, portanto, é preciso que o trabalhador entenda o que depende dele e o que pode ser feito por ele para que o tempo não chegue a ser tão longo. Continue acompanhando este artigo para saber por quanto tempo um trabalhador deve esperar para ter o benefício liberado e quais são as causas dessa demora.
Qual é o tempo de espera
Aqueles que solicitam o Auxílio-doença para ampará-los em um período no qual não conseguem trabalhar enfrentam um longo período de tempo até que o pedido seja atendido, se for. Isso porque a espera é de, em média, 122 dias, ou seja, de aproximadamente 4 meses, até que o benefício seja liberado. Mas, não apenas para esse benefício o tempo de espera é longo, como também para outros relacionados à incapacidade, como a aposentadoria por invalidez. Portanto, há uma espera grande por parte dos trabalhadores que precisariam ser amparados no momento da doença.
Por que essa demora acontece
Os motivos que levam à demora na liberação do Auxílio-doença são vários. Entretanto, eles podem partir tanto do próprio Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) como daquele que solicitou o auxílio. Isso porque, por parte do INSS, há um grande problema na estrutura administrativa, que faz com que os benefícios atrasem, mesmo para aquelas pessoas cujo processo já está certo e que já comprovaram o seu direito ao recebimento dos auxílios.
Com relação a essas falhas, a depender do local de solicitação, elas podem adiar ainda mais a liberação dos benefícios. Quando o benefício não é o Auxílio-doença, mas sim outro, como o Benefício de Prestação continuada, a espera pode crescer para até 200 dias, ou seja, o equivalente a quase 7 meses.
Já por parte do segurado, também há erros que podem levar à demora na liberação. E um deles está relacionado a falhas no cadastro, por exemplo, dados e informações erradas. Nesses casos, a avaliação demora mais e pode até mesmo ser negada, até que as informações corretas sejam prestadas ao instituto.
Como o INSS pretende consertar isso
O Instituto afirma que, para combater a longa espera pelo Auxílio-doença, bem como para o recebimento dos outros benefícios, estão tomando algumas medidas. Isso porque o instituto tem investido em tecnologia para tentar que os processos sejam mais ágeis. Por exemplo, a implantação de inteligência artificial que consiga fazer avaliação de documentos sem que a pessoa precise comparecer e entregá-los presencialmente.
Entretanto, ainda há muito que se trabalhar nesse sentido, uma vez que, por exemplo, pessoas que solicitam aposentadoria mediante apresentação do documento via meios digitais estão, muitas vezes, tendo o pedido negado. E isso acontece porque, para que uma inteligência artificial consiga ler os documentos, eles precisam estar completamente legíveis, segundo suas configurações. Portanto, ainda há um longo caminho a ser percorrido para que o tempo de espera seja reduzido para os trabalhadores.