Em novembro, o Auxílio Brasil voltou a ter fila de espera de famílias para a entrada no programa social. De acordo com os dados do Ministério da Cidadania, no mês passado havia 127,9 mil cadastros de pessoas habilitadas para receber o benefício, mas que não foram inseridas.
Fila de espera do Auxílio Brasil
Vale destacar que a fila estava zerada desde agosto, quando 1,5 milhão de famílias foram incluídas após a aprovação da PEC dos Benefícios, que liberou recurso extra para o programa, garantindo na ocasião a inclusão de todas as famílias que atendiam aos requisitos, e também aplicando o reajuste de R$ 400 para R$ 600.
Ainda mais, no mês passado, o governo inseriu na folha do Auxílio Brasil 500 mil novas famílias.
No entanto, o total de cadastros aptos para receber o auxílio chegava a 627,9 mil famílias, ou seja, acabou por gerar uma fila de espera.
A saber, o governo não divulgou o motivo da não inclusão dessas pessoas, e o total de beneficiários de dezembro ainda não foi anunciado.
Histórico
No final do ano passado, após o fim do Bolsa Família para criação do Auxílio Brasil, foi registrada a maior fila da história do programa, com 2,7 milhões delas esperando o benefício, sendo que todas foram atendidas em janeiro.
Então, nos meses seguintes, sem inclusões no tamanho da demanda, a fila foi novamente sendo formada até agosto, quando todas as famílias inscritas e elegíveis foram beneficiadas.
Desde dezembro de 2021, esse foi o sétimo mês em que o programa apresentou fila de espera, que estava zerada desde agosto.
Cabe mencionar que entre agosto e outubro, o governo incluiu no programa todas as famílias que foram consideradas aptas.
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Quem pode receber o Auxílio Brasil?
Em primeiro lugar, é importante ressaltar que o Auxílio Brasil usa como base de dados o Cadastro Único de programas federais (CadÚnico).
Desse modo, são elegíveis para o programa todas as famílias extremamente pobres (com renda per capita de até R$ 105) ou pobres (com renda de R$ 105,01 até R$ 210) com criança, adolescente ou gestante.
De novembro de 2021 até setembro deste ano, pelo menos 3,6 milhões de brasileiros passaram a receber o Auxílio Brasil por meio de um cadastro no qual informavam ser integrantes solitários de uma família.
Em agosto, havia 5,3 milhões de famílias unipessoais recebendo o Auxílio Brasil, um número bem superior a outubro de 2021.
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