No último levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM), o final de abril deixou quase 3 milhões de famílias na espera da aprovação do Auxílio Brasil. O número do último mês é maior que a soma dos três primeiros meses do ano. Isso porque a demanda reprimida teve um salto de 113% em relação a março, quando o número de famílias à espera era de 1.307.930. Isso quer dizer que, apenas em abril, 1.480.432 famílias solicitaram o auxílio.
Em alguns estados do país, o número de beneficiários já é maior que o número de pessoas com carteira assinada. Dessa forma, o Auxílio Brasil vem se tornando um programa cada vez mais importante para as famílias de baixa renda no Brasil.
Fila enorme no Auxílio Brasil
A fila à espera do Auxílio Brasil bateu recorde no final de abril. Isso porque apenas nesse mês, o número de novas solicitações foi maior que a fila total dos meses de janeiro, fevereiro e março. Na prática, isso representa uma piora na renda das famílias brasileiras, que precisarão do auxílio para manter o poder de compra. Para o governo, isso representa um aumento de gastos, que pode impactar negativamente a economia.
Apesar disso, o estudo mostra que o número de beneficiários poderia ser de 3 milhões de pessoas atualmente. Vale lembrar que em janeiro a fila foi zerada, segundo o Governo Federal, por conta da transição do Bolsa Família para o Auxílio Brasil. Contudo, a CNM afirma que em janeiro, o número de pessoas na fila de espera pelo Auxílio Brasil era de 434 mil.
Segundo especialistas, o atual cenário da economia, que anda desaquecida e com dificuldades de se recuperar da crise do coronavírus, é a principal causa da pobreza. Isso porque a criação de empregos vem diminuindo e o número de desempregados segue em alta.
Quem pode receber o benefício?
Para receber o Auxílio Brasil, as famílias precisam atender a alguns critérios estipulados pelo Governo Federal. Além disso, a família precisa comprovar os dados fornecidos ao poder público e, por isso, é fundamental apresentar documentos. A inscrição no programa tem duas fases, que você precisa seguir. Além disso, o benefício pode ser cancelado caso os dados fiquem desatualizados. Assim, a dica é atualizar os dados a cada 6 meses.
Para começar, é preciso ir até um Centro de Assistência Social (CAS), presencialmente, solicitar a inclusão no CadÚnico. Lá, você precisará comprovar renda familiar que se enquadre nos requisitos do Auxílio Brasil. Atualmente, o valor é pago para famílias em extrema pobreza e pobreza, que são aquelas que recebem R$105 e R$210 por pessoa, respectivamente. Além disso, uma renda per capita maior que isso não dá direito ao benefício, mas a inclusão no CadÚnico ainda é recomendada, dado que mudanças nas regras não estão descartadas.
Posteriormente, você precisa esperar o governo aprovar a sua participação no Auxílio Brasil. Para ver o andamento da inscrição, basta baixar o aplicativo do programa no seu celular. Em caso de aprovação, o governo manda o dinheiro para você automaticamente, todos os meses e de acordo com o calendário de pagamentos.