O Tribunal de Contas da União (TCU) identificou falhas nos pagamentos do Auxílio Brasil. Com isso, foram sugeridas revisões para analisar quais famílias estão recebendo o benefício indevidamente.
Segundo a auditoria do TCU, a pandemia da Covid-19 foi um dos principais motivos para a precariedade no sistema de dados dos beneficiários. Atualmente, os valores pagos de forma imprópria chegam a 2 bilhões por mês. Veja quais medidas sugeridas para reverter a situação.
Por que o Auxílio Brasil pode ser cortado?
O TCU comparou as rendas das famílias da PNADC (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) com o total de beneficiários do Auxílio Brasil. Com isso, observou que apenas 17,6 milhões de famílias estão dentro das regras exigidas pelo programa.
Segundo o Tribunal de Contas da União, a transição do programa de Bolsa Família para o Auxílio Brasil, é um dos motivos para os erros nos pagamentos. Afinal, com a mudança, todas as famílias, independente da quantidade de pessoas, passaram a receber 600 reais.
Dessa forma, o TCU diz que o aumento de solteiros no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais) pode ser consequência das famílias que se dividiram para receber mais de um auxílio. Assim, driblando as regras do programa.
Além disso, com a auditoria, a precarização das equipes do Cadúnico durante a pandemia foi apontada como a principal causa para as falhas nos pagamentos.
Quais medidas foram tomadas?
De acordo com o relatório do TCU, além de pagar o auxílio indevidamente, o programa ainda excluiu beneficiários. Nesse sentido, o ministro do TCU, Augusto Sherman, defendeu que é preciso revisar os cadastros no CadÚnico, com o intuito de suspender o benefício concedido a quem não tem direito.
Caso a situação continue como está, em 2023, o TCU deverá destinar R$153,8 bilhões ao programa. Para mais informações sobre o Auxílio Brasil, acesse o Brasil 123.