O Auxílio Brasil vem ajudando milhões de pessoas em todo o país nos últimos meses. A saber, o impacto que o benefício social exerce nos municípios brasileiros é tão grande que chega a representar um terço da economia local.
De acordo com a projeção do professor titular de economia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Ecio Costa, e da P³ Inteligência, o Auxílio Brasil equivale a 10% ou mais do Produto Interno Bruto (PIB) para 648 cidades brasileiras. Desse total, 597 ficam no Nordeste, refletindo a importância do benefício para a região.
Ao considerar o top 100 dos municípios cujas economias recebem o maior impacto do Auxílio Brasil, 96 cidades são do Nordeste. Em resumo, todos os estados nordestinos apareceram na lista, exceto Ceará e Sergipe. Veja abaixo quantos municípios cada um dos estados teve no ranking:
- Maranhão: 32
- Bahia: 28
- Piauí: 17
- Pernambuco: 8
- Alagoas: 5
- Paraíba: 4
- Rio Grande do Norte: 2
Além dos 96 municípios nordestinos, o top 100 ainda teve a presença de três cidades do Pará e uma de Minas Gerais. Nesses municípios, o Auxílio Brasil impactou a economia local entre 15,58% e 18,13%.
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Auxílio Brasil impacta economia de município do Maranhão em 34%
Segundo o levantamento, o município cuja economia tem o maior impacto do Auxílio Brasil é Serrano do Maranhão (MA). Na cidade, o benefício influencia o PIB em 33,97%, ou seja, responde por um terço da economia gerada. Aliás, sete dos dez primeiros municípios da lista são maranhenses. Veja abaixo o top dez:
- Serrano do Maranhão (MA): 33,97%;
- Central do Maranhão (MA): 21,74%;
- Lamarão (BA): 21,04%;
- Alcântara (MA): 20,96%;
- Cachoeira Grande (MA): 20,51%;
- Primeira Cruz (MA): 20,30%;
- Cumaru (PE): 20,16%;
- Luís Domingues (MA): 19,85%;
- Fartura do Piauí (PI): 19,67%;
- São Vicente Ferrer (MA): 18,93%.
Por outro lado, entre os 100 municípios brasileiros com os menores impactos do Auxílio Brasil, 81 são da região Sul. A saber, nesses municípios, o impacto varia entre 0,01% e 0,1% do PIB local. Em suma, 54 cidades são do Rio Grande do Sul, 26 de Santa Catarina e uma do Paraná.
Já entre os 19 municípios restantes, 17 são do Sudeste, um do Centro-Oeste e um do Nordeste.
Veja impacto nas capitais e estados brasileiros
O estudo também revelou o impacto do Auxílio Brasil no PIB das capitais do país. Veja abaixo as dez com as maiores taxas:
- Belém: 2%;
- Fortaleza: 1,82%;
- Macapá: 1,66%;
- Rio Branco: 1,64%;
- Teresina: 1,61%;
- Salvador: 1,59%;
- João Pessoa: 1,54%;
- Maceió: 1,40%;
- São Luís: 1,33%;
- Aracaju: 1,14%;
- Natal: 1,13%.
Em contrapartida, as menores taxas foram observadas e Brasília (0,19%), Curitiba (0,23%), Florianópolis (0,24%), Porto Alegre (0,33%), São Paulo (0,37%), Belo Horizonte (0,45%) e Rio de Janeiro (0,48%).
Além disso, o estudo ainda revelou as taxas entre os estados. Em resumo, o top 15 foi formado apenas por estados do Nordeste e do Norte, com destaque para Maranhão (4,69%), Piauí (4,39%), Paraíba (3,84%), Alagoas (3,51%) e Ceará (3,42%), com as maiores taxas.
Por outro lado, os menores impactos do Auxílio Brasil sobre o PIB das Unidades da Federação foram registrados no Distrito Federal (0,19%), Santa Catarina (0,24%), São Paulo (0,40%), Rio Grande do Sul (0,45%) e Paraná (0,47%).
Por fim, entre as regiões brasileiras, o impacto do Auxílio Brasil sobre os seus respectivos PIBs foi o seguinte:
- Nordeste: 3,45%;
- Norte: 2,16%;
- Sudeste: 0,57%;
- Centro-Oeste: 0,54%;
- Sul: 0,40%.
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