Neste domingo (31), o Ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo tem como meta para viabilizar o Auxílio Brasil, a aprovação da PEC dos Precatórios.
O ministro integra a comitiva brasileira que participa da reunião do G20, grupo das 20 maiores economias do planeta, na Itália, e defendeu a PEC, dizendo que ela cria o espaço fiscal necessário para o programa.
“Nós estamos trabalhando com plano A, a aprovação da PEC dos Precatórios. Ela é importante porque abre espaço fiscal para o programa de assistência social. Esse é o nosso plano. Nós acreditamos que o Congresso vai aprovar, exatamente porque permite o financiamento dos programas sociais do governo”, declarou Guedes em entrevista a jornalistas em Roma, ao ser questionado se o governo teria um ‘Plano B’.
Bolsonaro preocupado com o Auxílio Brasil
Paulo Guedes não comentou a declaração de sábado (30) do presidente Jair Bolsonaro.
Em entrevista a jornalistas em Roma, o presidente disse estar preocupado com a demora do Congresso em aprovar a PEC e disse que o governo tem um ‘Plano B’.
No entanto, não entrou em detalhes e comparou o plano alternativo com um paraquedas reserva e comentou que o mercado financeiro precisa entender que a aprovação é boa para o Brasil.
Mercado financeiro
Em relação às reações do mercado financeiro, que nas últimas semanas tem atravessado momentos de turbulência em relação à proposta de mudar o cálculo do teto de gastos, Guedes atribuiu as reações dos investidores à preocupação com a articulação política do governo.
O ministro voltou a defender a aprovação de reformas para demonstrar o compromisso do governo com a responsabilidade fiscal.
“Imagino que há uma preocupação do mercado a respeito exatamente dessa capacidade de coordenação política para aprovar a PEC dos precatórios, porque é exatamente a PEC dos precatórios que nos dá o espaço para as políticas sociais”, comentou o ministro.
Aprovação das reformas
Para Guedes, a aprovação das reformas mostraria que o governo consegue aliar preocupação social e respeito ao equilíbrio fiscal, sem transferir custos para as gerações futuras. Na avaliação do ministro, o aumento temporário dos gastos foi necessário para enfrentar a pandemia de covid-19.
“O teto é um símbolo de um duplo compromisso. De um lado, não faltou dinheiro para a saúde. O Brasil gastou 10% a mais do que a média dos países avançados para combater a pandemia e gastou o dobro do que os países emergentes gastaram. Não obstante isso, o Brasil foi um dos países que menos se endividaram, exatamente porque nós, o tempo inteiro, tentamos, nas outras despesas, respeitar o teto e seguir com as nossas reformas estruturantes”, concluiu Guedes.
Com informações da Agência Brasil
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