A mais nova pesquisa Datafolha revelou que a maioria dos eleitores acredita que a turbinada do Auxílio Brasil teve motivação eleitoral. A saber, 61% dos eleitores afirmaram que o novo valor do benefício, que subiu de R$ 400 para R$ 600 por mês, é uma forma de o presidente Jair Bolsonaro ganhar votos.
Em resumo, Bolsonaro é candidato à reeleição da presidência do país. Em meados de julho, o Congresso Nacional promulgou a “PEC Kamikaze”, que permitiu ao governo federal a realização de gastos de R$ 41,2 bilhões acima do teto de gastos. E boa parte desse montante será usado para aumentar o valor da parcela do Auxílio Brasil.
Além disso, o governo federal também turbinou o vale-gás nacional, cujo valor deverá subir de R$ 53 para R$ 120 neste mês. Também foram beneficiadas outras duas categorias profissionais com o auxílio-taxista e o auxílio caminhoneiro, que também serão pagos em agosto. Nesse caso, os trabalhadores receberão seis parcelas de R$ 1 mil até o final do ano.
Confira abaixo qual a motivação do governo federal para aumentar o valor do Auxílio Brasil, segundo os eleitores:
- Ganhar votos: 61% dos eleitores;
- Ajudar quem está precisando: 31% dos eleitores;
- Ganhar votos e ajudar quem está precisando: 6% dos eleitores;
- Não sabe: 2% dos eleitores.
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Veja os dados entre os que aprovam e os que reprovam o governo
O Datafolha também revelou dados entre os eleitores que aprovam e os que reprovam o governo Bolsonaro. Nesse caso, a diferença foi bem grande entre os grupos.
Em resumo, 20% dos eleitores que aprovam o governo acreditam que o aumento do Auxílio Brasil teve objetivo prioritariamente eleitoral. Por outro lado, 68% destes eleitores afirmaram que a ação do governo visa ajudar as pessoas.
Entre os eleitores que reprovam o governo Bolsonaro, 87% veem o pacote como uma forma de ganhar votos para o presidente. Apenas 9% deles que acreditam que a ação do governo foi para ajudar quem está precisando.
Por fim, o Datafolha destacou que os eleitores de 16 a 24 anos têm a maior percepção de que a ação do governo é meramente eleitoreira (69%).
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