Relator do Orçamento de 2023, o senador Marcelo Castro (MDB-PI) disse nesta sexta-feira (25), que a PEC da Transição, que busca verba para manter o Auxílio Brasil de R$ 600 em 2023, precisa ser votada até o dia 10 de dezembro, para que o Congresso possa definir em tempo hábil o pagamento do programa social, e concluir a proposta orçamentaria do próximo ano, que irá balizar as contas do novo governo.
Bolsa Família vai ocupar o lugar do Auxílio Brasil
De acordo com Marcelo Castro, os dois grandes desafios atuais para que o país continue funcionando são a aprovação da PEC da Transição e o Orçamento de 2023.
“Até a próxima terça-feira (29), irei protocolar o texto da PEC para darmos celeridade à aprovação da matéria nas duas Casas e garantirmos a continuidade do pagamento dos R$ 600 reais do Bolsa Família [que substituirá o Auxílio Brasil] e mais R$ 150 reais por criança de até seis anos de idade”, afirmou o senador, em nota distribuída por sua assessoria.
Ainda mais, em entrevista à imprensa, em Teresina (PI), Marcelo Castro apontou “falta de entendimento entre as lideranças” partidárias sobre a matéria.
“Na verdade, qualquer que fosse o presidente eleito, chamasse Lula, Bolsonaro, Simone Tebet, Soraya Thronicke, qualquer um, nós teríamos hoje de fazer uma PEC porque o Orçamento que está aí não dá para funcionar”, argumentou.
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Prazo para votação da PEC da Transição
Marcelo Castro disse também aos jornalistas que “falta muita coisa para ajustar”, mas insistiu na necessidade de votação da PEC da Transição nos primeiros dias de dezembro.
“Falta muita coisa para ajustar, mas tudo que falta para ajustar tem um limite. Nós não podemos ultrapassar a próxima semana sem votar essa PEC no Senado. Então, nós temos que votar, esse é o compromisso que tenho. Nós precisamos votar essa PEC na próxima semana no Senado para ir para a Câmara porque o Orçamento que eu vou relatar vai estar na dependência dessa PEC, se ela foi aprovada, se não foi e em que termos ela foi aprovada, porque todo o meu relatório está na dependência dela. Então, quem mais precisa que a PEC seja aprovada sou eu e o Lula, porque o Lula não tem condições de administrar com o Orçamento que está aí”, concluiu.
Fonte: Agência Senado
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