O governo Lula ainda não assumiu o comando do país, mas já vem se movimentando para cumprir as promessas do petista na campanha eleitoral. A saber, Lula foi eleito com mais de 60 milhões de votos, e agora sua equipe trabalha para iniciar o governo com o pé direito.
De acordo com informações de bastidores do jornalista Gerson Camarotti, o chamado Centrão não deverá se opor à “PEC da Transição”. Em resumo, a equipe do PT vem estudando a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que poderá ser votada pelo Congresso Nacional em poucas semanas.
O Centrão, como é conhecido um grupo significativo de parlamentares do Congresso, deverá ser favorável à PEC. Pelo menos é isso que indica a coluna de Camarotti, da emissora GloboNews. Na verdade, seria insustentável votar contra a proposta, segundo a coluna.
“Se aprovamos a PEC eleitoral para aumentar o benefício para esse ano, não há condições políticas para tirar esse valor em 2023. Ficaria muito ruim até mesmo para o presidente Bolsonaro, que prometeu a manutenção de R$ 600 para o Auxílio”, disse um dos líderes do Centrão ao blog do jornalista Camarotti.
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Entenda a “PEC da Transição”
Durante o período eleitoral, o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez diversas promessas caso fosse eleito. Como Lula derrotou nas urnas o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), ele e sua equipe estão trabalhando para cumprir as promessas eleitorais.
Entre as muitas propostas do petista, está o aumento real do salário mínimo em todos os anos do seu mandato. Lula também quer manter o Auxílio Brasil de R$ 600 em 2023, além de criar um novo benefício de R$ 150 para usuários que tenham criança de até seis anos de idade em sua composição familiar.
Tudo isso custará muitos bilhões de reais ao governo, dinheiro esse que a União não tem. Por isso, a solução encontrada é uma PEC. Aliás, essa não é a melhor opção para o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), mas a mais viável no momento atual.
“De fato, Constituição Federal quanto mais respeitada na sua inteireza melhor será. Evidentemente, se uma medida pudesse ser tomada infraconstitucionalmente, é melhor que seja do que uma alteração constitucional”, disse Pacheco.
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