O Auxílio Brasil terá seu valor fixado em R$ 400 permanentemente. Isso é o que afirmou nesta segunda-feira (22) o senador Fernando Bezerra (MDB), que é o relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios.
A afirmação do parlamentar foi feita durante entrevista para a jornalista Ana Flor da “Globo News”. Na conversa, apesar de relatar que o benefício será permanente, o senador não explicou de onde vão sair os recursos para que seja possível bancar essa nova despesa.
O novo programa social, assim como vem publicando o Brasil123, vai pagar neste mês de novembro um tíquete médio de R$ 224,41 por núcleo familiar, o que representa o antigo Bolsa Família com um reajuste de 20%, mas esse valor deve chegar na casa dos R$ 400.
No começo, a ideia era conseguir um valor extra para alcançar o benefício médio de R$ 400. Esse valor viria de recursos que seriam abertos por conta da PEC dos precatórios, que hoje se encontra em tramitação no Senado.
Nesse sentido, foi anunciado que este valor extra seria distribuído somente até o final de 2022. Tal fato culminou em críticas, pois o aumento passou a ser considerado uma ação com motivação eleitoreira, visto que só iria acontecer no ano da eleição.
Todavia, agora, segundo Fernando Bezerra, o programa será permanente e o acréscimo para que o tíquete fique na casa dos R$ 400 será mantido. “Vamos tornar permanente o programa. O problema nunca foi receita. O problema é achar espaço na despesa, estamos trabalhando nisso”, disse o senador.
Acréscimo no Auxílio Brasil não agrada a área econômica
Ainda conforme a jornalista, a medida de tornar o acréscimo permanente não agrada a área econômica do governo. Para eles, para que seja possível essa continuidade, será necessário cortar despesas permanentemente e só depois disso incluir os novos valores do programa social.
Nesse sentido, explica Felipe Salto, diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), será preciso explicar de onde virão os recursos. “É possível cortar de outras fontes para melhorar a assistência social, mas isso depende de vontade política”, relatou.
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