Autoridades dos Estados Unidos, da União Europeia, do Reino Unido e de outros países ocidentais abandonaram uma reunião de diversos ministros das finanças e presidentes de banco centrais do G-20, que ocorreu nesta quarta-feira. O acontecido foi uma forma de retaliação, já que o abandono ocorreu ao passo de que a participação russa se fazia presente.
Nesse sentido, à medida que os representantes da delegação russa começaram a discursar, grandes nomes como a secretária do Tesouro Americano, Janet Yellen, e o presidente do Banco Central Americano, Jerome Powell, iam abandonando a reunião.
Além disso, autoridades como Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE), Chrystia Freeland, vice-primeira-ministra do Canadá, e Andrew Bailey, presidente do Banco Central da Inglaterra, e o ministro das finanças da Ucrânia, Serhiy Marchenko, também abandonaram a reunião após o início do discurso à imprensa por parte da delegação russa.
Delegação russa na presente na reunião
A delegação russa presente na reunião de hoje foi liderada pelo ministro das finanças, Anton Siluanov, que participava do encontro virtualmente. Ele foi alvo das sanções dos EUA devido à invasão da Ucrânia.
Apesar de ser uma reunião que abarcou vários integrantes do G-20, nem todas as autoridades estavam presentes em Washington para participar da reunião. Alguns dos ministros e dos presidentes dos bancos centrais que participavam do encontro virtual desligaram suas câmeras como forma de protesto ao início do discurso russo.
A guerra no leste europeu
À medida que a guerra foi se desenrolando, o presidente americano, Joe Biden, pediu, no fim de março, a expulsão da Rússia do G-20. Essa medida era uma tentativa de resposta e retaliação aos ataques iniciados pela Rússia à Ucrânia. Apesar do pedido do presidente norte-americano, diversos países como a China e a Indonésia, que atualmente exercem a presidência rotativa do grupo, foram contra as medidas.
O incidente ocorreu em meio à reunião de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, nas quais as principais autoridades econômicas discutem os problemas globais mais urgentes.
As consequências da guerra da Rússia contra a Ucrânia, como, por exemplo, a disparada dos preços da energia e dos alimentos, estão no foco das discussões em Washington nesta semana.
Atualmente, o Ministério da Defesa da Rússia renovou o ultimato aos militares ucranianos na siderurgia de Azovtal, que fica na cidade de Mariupol, sul da Ucrânia. O prazo era até às 8h, do horário de Brasília, desta quarta-feira, dia 20 de abril. Nesse sentido, passado o horário, não houve rendição ucraniana até o momento, a fábrica é o principal bastião de resistência ucraniana.