Adélio Bispo, autor da facada no presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), pode ser solto da prisão. Isso porque ele passa por uma perícia médica nesta segunda-feira (25) e pode receber o aval da Justiça para sair do Presídio de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
Na avaliação, os médicos poderão determinar pela cessação ou permanência da periculosidade, atestando que ele é perigoso e oferece risco à sociedade. Segundo informações da “TV Globo”, a previsão é de que os trabalhos se estendam até às 18h, a critério dos peritos.
Na ocasião, os profissionais terão que responder quesitos apresentados pelo Ministério Público Federal (MPF) e também pela Defensoria Pública da União (DPU), incluindo questões que envolvem se o quadro de saúde mental apresentado pelo paciente no exame pericial citado na sentença persiste.
Essa nova avaliação deveria ter sido feita até o dia 14 de junho. No entanto, assim como publicou o Brasil123, faltavam peritos disponíveis até a data e o procedimento precisou ser suspenso – até então, não havia um dia determinado para que ele fosse realizado.
Essa perícia é importante porque, em 2019, Adélio foi diagnosticado com transtorno delirante permanente paranoide, o que não permite a punição criminal. Por conta disso, ele foi considerado inimputável, pelo menos até os três anos seguintes, quando uma nova perícia deveria ser feita para atestar se a saúde mental dele permanece como antes e ele ainda representa um risco para a sociedade.
O ataque a Bolsonaro
O crime de Adélio contra Bolsonaro aconteceu em 2018, quando o agora presidente ainda era apenas um candidato ao Palácio do Planalto. Na ocasião, em Juiz de Fora, Minas Gerais, Adélio desferiu uma facada na barriga de Bolsonaro enquanto ele fazia um ato de campanha na cidade mineira.
Por conta do ataque, Bolsonaro precisou passar por inúmeras cirurgias e quase perdeu sua vida. Investigações mostraram que a ideia de tentar matar o até então candidato à presidência foi algo tramado somente por Adélio, que não contou com a ajuda de ninguém para cometer o crime.
Como é candidato, Bolsonaro agora pode sofrer punição eleitoral se voltar a atacar as urnas