Se você não tem carteira assinada, mas mesmo assim está preocupado com a sua aposentadoria, saiba que autônomos também podem contribuir para o INSS. Contudo, a diferença é que você precisará fazer o pagamento, de forma ativa, para a previdência social, substituindo o desconto em folha. No futuro, seus direitos serão os mesmos de quem somente teve descontos por ser CLT.
Por isso, hoje vamos falar sobre como os autônomos podem fazer para contribuir para o INSS da forma correta. Além disso, vale lembrar que é importante incluir esse custo na suas despesas mensais, para que a sua contribuição não fique prejudicada no futuro.
Quem contribui para o INSS?
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é um órgão independente do Governo Federal, mas que atualmente está ligado ao Ministério do Trabalho e Previdência. A sua função é fazer os pagamentos das aposentadorias e todas as pensões que uma previdência pública cobre. Com isso, diversos benefícios entram no guarda-chuvas do seguro social público.
Em sua grande maioria, os trabalhadores formais são os que mais contribuem para o INSS. Isso porque o valor é descontado em folha automaticamente pelas empresas, por força de lei. É por conta disso que quanto mais pessoas empregadas o país tem, mais fácil fica a vida da autarquia. Por outro lado, quanto maior o desemprego, mais difícil fica para que o instituto consiga arcar com todas as despesas.
Além disso, atualmente cerca de 37 milhões de pessoas recebem valores do INSS. Desse total, mais da metade recebe apenas um salário mínimo, enquanto o restante pode receber valor maiores, até o teto da previdência. Porém, o que pouco se sabe é que quem não tem emprego formal, seja por estar desempregado, seja por ter optado por abrir uma empresa, também pode contribuir mensalmente para o INSS.
Como autônomos podem contribuir?
Para contribuir com o INSS todos os meses, os autônomos precisarão fazer o passo a passo ativamente, dado que não existe uma forma de desconto automático, como na CLT. Sabendo disso, a primeira dica de especialistas é organizar as finanças para fazer o gasto caber nas contas do mês. Posteriormente, é ideal que você não esqueça de contribuir.
Para ser contribuinte autônomo, é preciso ter mais de 16 anos e ficar atento aos prazos. Isso porque o documento pode ser pago até o dia 15 de cada mês, somente. A ideia também é válida para quem trabalha sem descontos do INSS, como estagiários. Ao atender esses requisitos, basta ir no aplicativo Meu INSS e gerar a sua Guia de Previdência Social (GPS).
Ao fazer isso, o INSS dará três valores possíveis para você contribuir. O ideal é contribuir sempre com o mesmo valor, para não ter problemas no cálculo no futuro. Contudo, ao gerar a sua GPS, você poderá escolher o valor todos os meses e ir contribuindo de acordo com a sua disponibilidade mensal. Com isso, você terá os mesmos direitos dos trabalhadores CLT ao se aposentar.