Em continuidade aos trabalhos da reformulação de um novo programa social, o governo federal estuda a possibilidade de aliar o aumento do Bolsa Família até R$ 400 para aqueles que conseguirem um emprego formal, ou seja, com carteira assinada.
Com o aumento das especulações de que o programa terá o nome alterado para Auxílio Brasil, o objetivo é estimular o beneficiário na busca por emprego. Dessa forma, a família teria um aumento duplo na renda, proporcionado pelo salário pago pela empresa e também o bônus transferido pelo programa do governo, de acordo com informações da Folha de São Paulo.
Contudo, a partir do momento em que a carteira for assinada, haverá um prazo estabelecido para o término do benefício. O valor ainda segue em discussão, uma vez que depende da aprovação do Orçamento para 2022.
Bolsa Família até R$ 400 para estímulo do emprego
A inciativa partiu dos membros dos Ministérios da Cidadania e da Economia, que acreditam que o Bolsa Família faz com que os beneficiários deixem de buscar emprego para não perder o programa.
Nesse sentido, o ministro da Cidadania, João Roma, já havia declarado o objetivo para o novo programa social:
“Já em novembro entraremos com um novo programa social do governo, fortalecido e ampliado, para que os brasileiros possam também avançar cada vez mais não só com o suporte do Estado brasileiro para essa situação de vulnerabilidade, mas que ele possa vencer e avançar na sua situação e na sua qualidade de vida”.
Critérios para o novo programa
Para se enquadrar aos requisitos para receber o Bolsa Família, ou Auxílio Brasil, caso se confirme a mudança de nome, o governo também faria uma reformulação dos critérios de seleção, medida esta que não ocorre desde 2018.
Assim, para ser considerada em situação de extrema pobreza, a renda deve ser de até R$ 89 por membro da família. Os rendimentos entre R$ 89,01 e R$ 178 são classificados como situação de pobreza.
É possível ainda acessar o programa mesmo sem filhos. A ideia seria elevar essas faixas para cerca de R$ 100, no caso de extrema pobreza, e aproximadamente R$ 200 para o critério de pobreza.
Dessa forma, mais pessoas poderiam receber o benefício, sendo que a expectativa do governo é que passem de cerca de 14,6 milhões, número atual, para algo em torno de 18 milhões de segurados.
Novo programa pelo presidente
Novamente o presidente Bolsonaro se manifestou em entrevista concedida nesta terça-feira (3), a respeito do aumento do novo programa:
“Estamos aqui ultimando esforços e estudos no sentido de dar um aumento de no mínimo 50% para o Bolsa Família, podendo chegar até 100% em média. Com isso daí, além de atendermos a população, a gente prepara o Brasil para voltar à normalidade”, declarou Bolsonaro, em entrevista à TV Asa Branca, de Pernambuco.
Leia também: Governo amplia Vale Gás para mais de 2 milhões de pessoas