A Petrobras anunciou recentemente que decidiu pelo aumento de preço da gasolina e do diesel para as distribuidoras. Depois de um longo período com cotações abaixo do mercado internacional, o reajuste veio acima das expectativas do mercado. Para economistas, o aumento dos combustíveis vai impactar não só na bomba, mas também nos alimentos do supermercado.
Isso porque a gasolina representa um custo adicional em toda uma cadeia produtiva. Em termos de indicadores, o combutível é um dos principais produtos que compõe o IPCA, índice oficial de inflação do país.
Gasolina e diesel mais caros
A Petrobras anunciou o aumento dos preços da gasolina e do diesel em todo o país. A elevação serve para as distribuidoras, mas deve se refletir para os clientes dos postos de combustíveis já nos próximos dias. Além disso, o aumento das alíquotas pode pesar muito no bolso dos brasileiros.
Isso porque o aumento da gasolina foi de 16,3% para as distribuidoras, enquanto o diesel aumentou 25,8%. Segundo a Petrobras, o reajuste vem depois de a empresa chegar ao “limite da sua otimização operacional”.
Em termos de valores, a gasolina aumentou R$ 0,41 para as distribuidoras. Dessa forma, o preço subirá para R$ 2,93 para as empresas que distribuem o combustível. Desse valor, R$ 2,14 são destinados à estatal, enquanto o restante do valor se destina em impostos federais e estaduais. O preço da gasolina não tinha um reajuste desde 1° de julho deste ano.
Para o diesel, o aumento foi ainda maior. Isso porque o aumento foi de R$ 0,78. Com isso, o valor médio para as distribuidoras ficou em R$ 3,80, sendo R$ 3,34 destinados à Petrobras, e o restante para impostos federais e estaduais. Ao contrário da gasolina, que teve um reajuste mais recente, o diesel não sofria um reajuste desde 17 de maio.
Preço vai se refletir nas prateleiras
Após o anúncio de aumento nos preços, o mercado financeiro começou a prever uma inflação de 4,99% no ano. Para alguns economistas, ela ficará em torno de 4,80%, mas ambos os patamares são maiores que as perspectivas do último mês. Dentre os fatores que podem sofrer com a alta está os alimentos, essenciais para todos os cidadãos.
Isso porque a gasolina e o diesel são utilizados no frete dos produtos desde os produtores até as prateleiras, de fato. Para economistas, o impacto será diminuído por conta da redução natural dos preços de alguns itens alimentícios. De qualquer forma, a queda da cesta de consumo poderia ser ainda maior.
Apesar de não ser uma boa notícia, a alta da gasolina já era esperada. Isso porque a Petrobras vinha praticando preços bem abaixo do mercado, o que colocava em risco a saúde financeira da empresa. Com o reajuste, especialistas argumentam o cenário de normalidade na empresa, mas com impacto às finanças dos cidadãos.