O governo federal vem tentando evitar o desabastecimento de diesel no país nos próximos meses. A saber, o risco que os brasileiros correm de ficar sem o combustível é baixo, mas pode se tornar realidade. Por isso, o governo se movimenta para evitar que isso aconteça.
Inicialmente, o governo pensou em duas alternativas para evitar o desabastecimento. A primeira se referia ao aumento do estoque de diesel no país. Já a segunda pretendia elevar o percentual do biodiesel na mistura com o combustível. Contudo, ambas as ideias resultariam no aumento do preço do diesel no país.
No primeiro caso, as distribuidoras do país terão que gastar mais para estocar uma quantidade maior de diesel. Na verdade, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) propôs a distribuidores e produtores de diesel do país para aumentarem os seus estoques. Aliás, a agência está monitorando de perto as importações do combustível.
No segundo caso, o percentual obrigatório atual de mistura do biodiesel ao diesel é de 10%. A ideia do governo era aumentar a taxa para 14%, mas os altos preços do biodiesel deverão impulsionar os valores do diesel no país. Em outras palavras, qualquer uma das medidas deverá encarecer o combustível para os brasileiros.
Leia também: AUXÍLIO BRASIL deverá beneficiar mais de 50 MILHÕES de pessoas
Especialista afirma que governo deve estudar cenários futuros
De acordo com Marcus D’Elia, sócio da Leggio Consultoria, o risco de desabastecimento de diesel no Brasil existe. No entanto, caso o combustível realmente falte no país, será provavelmente em locais mais distantes dos centros de produção e dos estoques.
Por isso, ele acredita que o aumento dos estoques não é a melhor solução para esse cenário, pois irá encarecer o diesel para os brasileiros. Segundo ele, o governo deveria levar em consideração dois pontos: risco de ruptura e capacidade de resiliência das cadeias logísticas. Assim, poderia se preparar para eventuais imprevistos no suprimento.
“A solução técnica e necessária é possuir planos de contingência para o caso de ocorrer interrupção em alguma das cadeias logísticas de combustível. Para isso, é preciso mapear os pontos de maior risco, identificar alternativas de suprimento e planejar rotas para movimentar o produto até os locais mais vulneráveis”, disse D’Elia.
Leia também: QUINA: prêmio de R$ 8,4 MILHÕES vai para Chapecó (SC)