O home office acabou se tornando uma espécie de símbolo da pandemia do novo coronavírus. Mas se depender de algumas empresas, ele vai ficar mesmo depois da chegada de uma vacina por aqui no país.
De acordo com informações cruzadas de diferentes instituições, essa prática vem agradando muitos empregadores pelo país. É que a produtividade aumentou em muitos casos. A falta de necessidade de pegar engarrafamento fez com que os empregados também aprovassem as mudanças.
Segundo o Instituto DataZap, a procura por casas no interior de São Paulo aumentou 225% entre os meses de janeiro e julho deste ano. Analistas explicam que isso é decorrência de um processo de mudança para centenas de famílias e de empresas na região.
Em entrevista para a emissora Globo News, o gerente Antonio Flagria afirmou que tudo melhorou. “Agora eu posso acompanhar o crescimento do meu filho mais de perto”, disse ele. “Nós tínhamos um escritório na Avenida Paulista. Mas já fechamos. Não queremos voltar”, completou.
De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), 8,4 milhões de brasileiros seguem trabalhando de maneira remota nesta pandemia. Isso considerando portanto que a maioria das atividades já passaram por uma liberação. Ou seja, boa parte dessas pessoas trabalham em empresas que decidiram seguir com esse tipo de trabalho.
Empresas no Home Office
Ainda de acordo com o IPEA, a maioria das pessoas que seguem em Home Office tem entre 30 e 39 anos. Ou seja, estão na fase adulta, normalmente em um período de início de um processo de estabilidade no trabalho.
Mas dados do IBGE mostram que o Home Office parece ser uma realidade apenas para um grupo da população nas empresas. É que de acordo com os dados, a maioria das pessoas que segue em trabalho remoto são ricas, brancas e com alta escolaridade.