Após meses de impasse, o Governo do estado de São Paulo marcou para a próxima quarta-feira, 7 de outubro, o retorno das aulas presenciais nas escolas. A decisão ocorre após sucessivos adiamentos na data de retomada do ensino presencial no estado. Pois, até aquele momento, ainda não haviam informações suficientes para determinar a situação da pandemia do novo coronavírus na região.
Entretanto, após a realização de uma série de inquéritos sorológicos na cidade, foi possível optar pelo retorno das aulas. Acima de tudo, esses inquéritos foram responsáveis por levantar o número de estudantes do estado que já haviam sido contaminados pela Covid-19. Dessa forma, uma vez que grande parte dos estudantes apresentaram anticorpos para o vírus, tornou-se viável o retorno para as escolas. Assim, os familiares e demais pessoas que residem com esses estudantes estariam menos sujeitos a uma infecção pelo vírus.
Aulas em São Paulo serão opcionais
Na última segunda-feira, 5 de outubro, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) confirmou o retorno das aulas presenciais nas escolas. A decisão se refere tanto a rede pública, quanto a rede privada de ensino. Em primeiro lugar, deverão retornar os estudantes matriculados no ensino médio e na educação de jovens e adultos (EJA).
Contudo, o retorno será opcional. Dessa forma, tanto as escolas poderão optar pelo retorno das aulas, quanto os estudantes poderão decidir sobre frequentá-las ou seguir com o ensino online. Esses dois ciclos da educação básica são os mais afetados pelos altos índices de evasão. Portanto, a decisão visa evitar que mais estudantes abandonem as salas de aula.
Nesse momento, poderão ser atendidos 20% dos estudantes do ensino médio nas atividades presenciais. Já a educação infantil e os anos iniciais do ensino fundamental poderão atender a até 35% dos jovens matriculados na rede privada e municipal. No caso da rede estadual, o limite será de 20% do quórum durante todo o ciclo escolar. O retorno das aulas do ensino fundamental está previsto para 3 de novembro. Porém, a decisão sobre o retorno das aulas também cabe à prefeitura de cada município do estado.