O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi às redes sociais, nesta terça-feira (20), revelar que indicou Augusto Aras, atual procurador-geral da República, para um novo mandato de dois anos no cargo.
“Encaminhei ao Senado Federal mensagem na qual proponho a recondução ao cargo de Procurador-Geral da República o Sr. Antônio Augusto Aras”, publicou o chefe do Executivo.
O papel de indicar o procurador-geral da República é de Bolsonaro. Todavia, agora, sua decisão terá que passar pelo crivo do Senado, que pode aprovar ou rejeitar a nomeação.
A sabatina, como é chamado o rito no Senado, será feita pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), em uma votação que é secreta e acontece no plenário do Senado. Para que o mandato de Aras seja estendido, ele precisa de pelo menos 41 votos favoráveis.
Na mesma postagem de Bolsonaro, Aras respondeu ao presidente, dizendo se sentir honrado com a decisão. “Honrado com a recondução para o cargo de procurador-geral da República, reafirmo meu compromisso de bem e fielmente cumprir a Constituição e as Leis do País”, escreveu o chefe da PGR.
Augusto Aras à frente da PGR
Augusto Aras está à frente da PGR desde 2019, quando foi indicado por Bolsonaro sem que seu nome estivesse na lista tríplice elaborada pela associação nacional da categoria. À época, a decisão do presidente quebrou uma tradição que se mantinha desde quando Lula era o chefe do Executivo.
Agora, novamente, Bolsonaro ignora a lista tríplice, que teve a subprocuradora Luiza Frischeisen como a mais votada para assumir o cargo, a primeira mulher a encabeçar a lista. Além dela, também foram incluídos os nomes de Mario Bonsaglia e Nicolao Dino.
Assim como Bolsonaro, Augusto Aras também é contra a lista, pois, de acordo com ele, “uma eleição interna para escolha do procurador reproduz os vícios da política partidária”.
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