A CPMI responsável por investigar os atos golpistas que ocorreram em oito de janeiro ouviu nesta quinta-feira (22) George Washington Sousa, empresário preso, acusado de envolvimento na tentativa de explosão de um caminhão, próximo ao aeroporto de Brasília.
O empresário usou em vários momentos o direito de silêncio, respondendo parcialmente ao interrogatório dos parlamentares. Assim, seu depoimento irritou o presidente da comissão que expressou o desejo de que a lei seja rigorosa com indivíduos semelhantes ao empresário.
Ademais, George Washington negou várias acusações e refutou qualquer ligação aos atos golpistas.
Também afirmou que os nomes do presidente e do ex-presidente que constam em seu depoimento, foram sem o seu consentimento.
Nesse texto trazemos todos os detalhes desse depoimento. Continue a leitura até o final para ficar por dentro de tudo que aconteceu!
Motivos da convocação pela CPMI dos atos golpistas
A princípio, a convocação do empresário aconteceu devido a acusação que motivou sua prisão. Assim acredita-se na existência de ligação de George Washington Sousa, que permanece preso acusado de implantar uma bomba na lateral de um caminhão de combustível, nas proximidades do aeroporto de Brasília, no mês de dezembro de 2022.
Declarações do suspeito
O empresário, em depoimento à Comissão Parlamentar Mista, nesta quinta-feira (22), afirmou não ter participação no atentado. O Inquérito tem como objetivo investigar atos golpistas de 8 de janeiro. Além de não responder integralmente às perguntas dos parlamentares , ele alegou não existir relação entre o ato que resultou em sua prisão e as invasões.
O empresário refutou, também, a acusação de ser terrorista e de ter escrito uma carta ao ex-presidente Bolsonaro com temas golpistas, de acordo texto contido em seu celular.
Quanto à acusação de tentativa de invadir, em Brasília, a sede da Polícia Federal, em dezembro, no dia da cerimônia de diplomação do presidente Lula, ele continuou a negar a relação entre os dois fatos e os atos golpistas.
Desse modo, sob orientação de sua defesa, além de fazer uso do direito de permanecer em silêncio, ele se negou a informar dados referentes à fonte de renda e relação com membros do parlamento.
Então, em relação aos acampamentos que se instalou na frente do exército, em protesto ao resultado das eleições, ele apontou a existência de pessoas infiltradas.
Por fim, ao confrontar seu depoimento atual e suas respostas no depoimento à polícia, ele afirmou que nem tudo que está lá são falas dele. Inclusive a citação do nome de Lula e Bolsonaro.
Pensamento da oposição
Senadores e deputados que são opositores ao presidente Lula, argumentaram que não se deve relacionar os autores dos fatos que ocorreram nos dia 12 de dezembro e também no dia 24 de dezembro ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Assim, segundo Marco Feliciano (PL-SP), essas são ações “lobos solitários”, ou seja, pessoas isoladas que já receberam punição. O deputado afirmou ainda que bandido tem que ser preso. Afirmou também que pessoas que representam ameaça para a sociedade de todo país tem que estar na prisão. Contudo não pode haver a injustiça de ligar esses bandidos ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
E você considera que existe relação entre esses episódios e os atos golpistas de 8 de janeiro? Compartilhe conosco sua opinião.