Semana intensa de trabalho na câmara adia oitivas da CPMI dos atos golpistas. Assim, o depoimento de Mauro Cid à CPMI do 8 de Janeiro, não vai acontecer conforme o previsto. Portanto, o depoimento do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, ficou para a segunda semana do mês de julho.
A princípio, o Tenente-coronel deveria depor no dia 4 (terça-feira). Agora a nova previsão é de que isso aconteça no próximo dia 11 de julho.
Assim, havia expectativa quanto ao depoimento do militar, peça chave em diversas investigações no âmbito da Polícia Federal, que está preso por ordem do STF. Cid responde por acusações de envolvimento em episódios em que houve fraude nos cartões de vacinação de diversas pessoas, entre elas Jair Bolsonaro e seus familiares.
Esse texto traz as informações mais relevantes sobre esse adiamento. Leia até o final e ficará por dentro de tudo.
Justificativas para o adiamento do depoimento de Mauro Cid a CPMI dos atos golpistas
Primeiramente, o deputado Arthur Maia do partido União Brasil da Bahia, presidente da CPMI dos atos golpistas, afirmou que o adiantamento das oitivas se deu devido ao trabalho intenso da câmara.
Nesse sentido, a agenda da Casa de Leis está com previsão de votações urgentes de assuntos referentes ao Arcabouço, ao Carf e a Reforma Tributária.
Motivos para o depoimento de Mauro Cid a CPMI dos atos golpistas
Acima de tudo, a convocação do Tenente-Coronel Mauro Cid se deve ao achados de mensagens de caráter golpistas em seu celular. Assim, na apreensão do aparelho celular, durante investigações sobre fraudes no sistema de registro de vacinação, a PF encontrou um documento análogo a um roteiro para um “golpe de Estado”.
Além disso, a polícia vazou mensagens do aparelho do oficial mostrando que o coronel Lawand pressionou para que o ex-presidente Bolsonaro desse ordens ao exército. Nesse sentido, Jean Lawand Júnior, cobrou, no final do ano passado, para que houvesse a ordem de Bolsonaro no sentido de exigir do Exército ações para impedir que o Presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva tomasse posse.
Sendo assim, os membros da CPMI esperam que o tenente-coronel Cid possa esclarecer os verdadeiros objetivos dessas mensagens. Também esperam que ele informe se as mensagens chegaram até ao conhecimento do presidente, à época, Jair Bolsonaro.
Além do mais, Mauro Cid participava de um grupo de mensagens no aplicativo WhatsApp. Esse grupo contava com a presença de outros militares, com conversas que tinham o objetivo de discutir a ideia de um rompimento institucional. Impedindo assim a posse do presidente eleito, Lula.
Oitiva de Jean Lawand Junior
Assim, a CPMI já ouviu Jean Lawand Junior, contudo em seu depoimento, ele afirmou que nunca sugeriu golpe de estado. Alegando que o único objetivo das mensagens que trocou com o ex-ajudante de ordem do ex-presidente, era buscar a pacificação.
Disse, portanto, que esperava por uma ordem do ex-capitão, no sentido de “apaziguar” o povo brasileiro. Conclamando, principalmente, aqueles que estavam insatisfeitos após as últimas eleições, não aceitando como resultado a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva para presidente.
Você acredita que o adiamento do depoimento de Mauro Cid a CPMI dos atos golpistas pode influenciar nessa investigação? Comente conosco.