As oitivas na CPMI que apura atos golpistas, continuam. E dessa vez ouviu o coronel Jean Lawand Júnior, que disse não entender sua convocação. Ademais, o coronel afirmou que suas conversas com o ajudante de ordem do governo Bolsonaro não tinham teor golpistas. Alegando, que em momento algum mencionou golpe nas mensagens trocadas com Mauro Cid.
Entretanto, essa versão não convenceu aliados do governo e nem mesmo a oposição. Também não conseguiu convencer o presidente da CPMI. Quer saber os detalhes das declarações dadas pelo coronel Jean Lawand Júnior e as opiniões dos parlamentares? Continue a leitura até o final!
Primeiras impressões da oitiva de Lawand Júnior
Conforme mencionamos anteriormente os parlamentares, tanto os integrantes da base aliada do governo, quanto membros da oposição. E até mesmo Arthur Oliveira Maia (União-BA) não foram convencidos pela versão que o coronel apresentou para justificar suas conversas com Mauro Sid.
Assim, ao responder os inquiridores da CPMI nesta terça-feira (27), o coronel Lawand Júnior falou sobre mensagens trocadas com o ex-ajudante de ordem do governo passado. Segundo o depoente, as mensagens que trocou com o Tenente Coronel, tinham como finalidade solicitar que o ex-presidente Jair Bolsonaro buscasse acalmar parte da população que não estava satisfeita com o desfecho das eleições.
Versão do coronel para as mensagens que incitavam atos golpistas
Assim, o coronel Lawand refutou a versão de que suas mensagens tivessem objetivo de estimular um golpe de estado. Essa, portanto, foi a ideia apontada por vários parlamentares, tanto deputados quanto senadores. O militar também chamou de infelizes a fala em que demonstra haver uma quebra no Exército no apoio a Bolsonaro.
Dessa forma, essa divisão colocava em oposição o alto comando do exército ao restante da corporação. Também afirmou não entender o porquê da sua convocação para depor na CPMI.
Conforme já exposto acima, Lawand declarou que não conversou sobre golpe, e que não atentou contra a democracia do Brasil. Ressaltou, ainda, que em nenhum momento quis “quebrar, destituir, agredir qualquer uma das instituições”. Ademais alegou que esse comportamento não faz parte do que ele aprendeu ao longo de toda a sua carreira e ao longo de toda a sua vida.
O militar também respondeu às perguntas da relatora da CPMI. Declarando que o Brasil, após a vitória do presidente Lula nas últimas eleições, começou a apresentar ideias contraditórias. Falou também que, em opinião, à época o presidente Bolsonaro deveria ter feito um pronunciamento que buscasse apaziguar a população.
Opinião de Lawand sobre a relação entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e os atos golpistas
Por fim, o coronel também refutou qualquer relação entre Bolsonaro e os fatos que aconteceram no dia 12 de dezembro de 2022. Dia em que ocorreu a tentativa de invadir a sede da Polícia Federal em Brasília. Também disse não existir ligação entre o presidente e o episódio de 24 de dezembro de 2022.
Data em que foi deixada uma bomba na lateral de um caminhão de transporte de combustível, nas proximidades do aeroporto da capital do país. Você concorda com os deputados que a versão do coronel Lawand Junior que suas mensagens não tinham objetivo de incitar atos golpistas não é uma versão crível? Comente conosco.