A atividade industrial da China apresentou forte desaceleração em julho. A saber, o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Caixin/Markit recuou de 51,3 em junho para 50,3 em junho. Aliás, esse é o menor nível para o indicador desde abril do ano passado, ou seja, dos últimos 15 meses. No entanto, a taxa ainda está acima de 50, marca que separa a expansão da retração.
Em resumo, o principal motivo para a desaceleração em julho, assim como ocorreu no mês anterior, foi a pandemia da Covid-19. Decretada em março do ano passado, mas com os seus primeiros casos relatados na China no final de 2019, a crise sanitária ainda está longe de ser um problema do passado.
Ainda mais nas últimas semanas, com a disseminação cada vez maior da variante Delta do novo coronavírus. Esta cepa é 50% mais contagiosa que a variante responsável pela maioria dos casos no ano passado. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os casos e mortes provocados pela Covid-19 dispararam em julho.
Além disso, o país asiático sofreu com blecautes de energia em algumas cidades, o que afetou fortemente a produção e os novos pedidos em julho. Ao mesmo tempo, a China também enfrentou inundações no mês, que prejudicaram ainda mais a indústria local.
Confira mais detalhes da atividade industrial chinesa em julho
De acordo com os dados da pesquisa, o subíndice de produção desacelerou pelo terceiro mês seguido. Dessa forma, atingiu o menor patamar desde março de 2020, época da decretação da pandemia da Covid-19. Contudo, a China, primeiro país a enfrentar a crise sanitária, estava começando a se recuperar dos impactos provocados pela Covid-19.
Mais uma vez, a variante Delta também afetou a demanda internacional, o que fez as novas encomendas de exportação ficarem praticamente estáveis. Da mesma forma, o indicador de emprego manteve estabilidade pouco acima da marca de 50 em julho. Alias, julho foi o quarto mês de expansão do índice.
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