A atividade industrial da China registrou desaceleração do ritmo de crescimento em junho. A saber, o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Caixin/Markit recuou de 52 em maio para 51,3 em junho. Aliás, esse é o menor nível para o indicador dos últimos 15 meses.
Em resumo, o principal motivo para a desaceleração em junho envolve a pandemia da Covid-19. Decretada em março do ano passado, mas com os seus primeiros casos relatados na China no final de 2019, a crise sanitária ainda está longe de ser um problema do passado.
Ainda mais nos últimos dias, com temores globais em torno da variante Delta do novo coronavírus. Esta cepa é mais contagiosa e agressiva que a inicial. Vale ressaltar que diversos países vêm reportando aumento de casos da Covid-19, mesmo com boa parte da população imunizada.
E isso acabou atingindo a China, mais especificamente a província de Guangdong, grande exportadora e centro industrial do país, o que afetou a cadeia de oferta local. As preocupações dos mercados giram em torno da volta de medidas restritivas, que afetarão a retomada econômica em todo o mundo.
Veja o que contribuiu para a queda da atividade industrial chinesa
De acordo com os dados da pesquisa, o subíndice de produção caiu para 51,0 em junho, menor patamar desde março de 2020. À época, a pandemia havia sido decretada, mas a China, primeiro país a enfrentar a crise sanitária, estava, na verdade, começando a se recuperar dos impactos provocados pela Covid-19.
Mais uma vez, a variante Delta também afetou a demanda internacional, o que fez as novas encomendas de exportação ficarem praticamente estáveis. Como os casos cresceram em Guangdong, a capacidade de processamento do porto também foi afetada.
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