A atividade econômica da zona do euro acelerou em novembro. De acordo com as leituras preliminares dos índice dos gerentes de compras (PMI), passou de 54,2 em outubro para 55,8 em novembro. A saber, o PMI composto abrange as atividades da indústria e do setor de serviços.
Esse crescimento surpreendeu o mercado, visto que as projeções de analistas indicavam uma queda para 53,2 em novembr. Contudo, o indicador subiu e, caso os dados sejam confirmados, o PMI alcançará o patamar mais elevado em dois meses. A propósito, o IHS Markit divulgou os dados nesta terça-feira (23).
Em resumo, o PMI de serviços teve o maior avanço, passando de 54,6 em outubro para 56,6 em novembro. Por sua vez, o PMI industrial teve um avanço bastante tímido, de 58,3 para 58,6 entre os meses. As estimativas dos analistas apontavam quedas para ambos os indicadores, para 53,8 e 57,3, respectivamente.
Vale destacar que o índice se baseia em dados de pesquisas dos gerentes de compras de empresas dos setores de manufatura e serviços. Nesse caso, valores superiores a 50 indicam crescimento do setor, enquanto níveis abaixo de 50 correspondem a contração da atividade pesquisada.
Novas restrições podem afetar atividade econômica
A leitura preliminar indica crescimento porque ainda não capturou totalmente as novas restrições em países europeus. Em suma, os casos da Covid-19 voltaram a crescer expressivamente em diversas regiões da Europa e da Ásia. Aliás, governos estão retomando as restrições para conter a disseminação do vírus.
“Uma expansão mais forte da atividade empresarial em novembro desafiou as expectativas dos economistas de uma desaceleração, mas é improvável que impeça a zona do euro de sofrer um crescimento mais lento no quarto trimestre, especialmente porque o aumento dos casos de vírus parece prestes a causar novos transtornos à economia em dezembro”, explicou o economista-chefe de negócios da IHS Markit, Chris Williamson.
“Os dados prévios do PMI apontam para uma tendência ligeiramente melhor para a atividade empresarial, mas atrasos no fornecimento e pressões inflacionárias continuam a ser um motivo de preocupação e devem pesar ainda mais sobre o crescimento nos próximos meses, especialmente se essas restrições reprimirem ainda mais a demanda”, acrescentou o economista.
A zona do euro é formada atualmente por 19 países do continente: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovênia e Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Holanda e Portugal. E o resultado da zona do euro consiste na soma de todas estas economias no trimestre.
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