A Argentina conseguiu atingir um resultado bastante positivo em junho deste ano. A saber, o índice que mede a atividade econômica do país (Emae) cresceu 2,5% em junho na comparação com o mês anterior. Os dados são do Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec), que divulgou as informações nesta quinta-feira (19).
Vale destacar que esse é o primeiro resultado positivo após quatro meses seguidos de queda da atividade econômica da Argentina. Em resumo, a pandemia da Covid-19 afetou fortemente o país nos primeiros meses de 2021, obrigando o governo a impor diversas restrições para conter a disseminação do novo coronavírus.
O crescimento ficou ainda mais expressivo na comparação anual, chegando a expressivos 10,8%. Dessa forma, a atividade econômica do país acumula uma alta de 9,7% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2020. No entanto, o Indec ressalta que a Argentina estava sob um rígido lockdown em junho do ano passado para conter a Covid-19. Isso distorceria a base de comparação.
De acordo com o Indec, 13 dos 16 setores que formam o Emae tiveram alta em suas taxas no comparativo anual. Os destaques ficaram com: pesca (108,7%), outras atividades de serviços comunitários, sociais e pessoais (79,4%), e construção (32,3%). Apenas dois setores caíram em um ano: intermediação financeira (-0,9%) e agricultura, pecuária, caça e silvicultura (-4,5%).
Veja detalhes do comércio exterior da Argentina
Ainda segundo o Indec, a Argentina encerrou junho com um superávit comercial de US$ 1,537 bilhões. Assim, elevou o saldo positivo da sua balança comercial para US$ 8,31 bilhões no acumulado de 2021.
Em suma, o superávit registrado em junho é resultado do forte crescimento de 47,1% das exportações em relação ao mesmo período de 2020, totalizando US$ 7,252 bilhões. Embora as exportações tenham disparado, a alta das importações acabou ainda mais expressivo no período (65,6%). No entanto, o valor importado atingiu US$ 5,715 bilhões, menor que o valor gerado pelas exportações. Por isso que houve superávit no mês.
Leia Mais: Preços de importantes grãos disparam mais de 70% no primeiro semestre