A Serasa Experian relevou que a atividade do comércio brasileiro caiu 0,7% em agosto na comparação com o mês anterior. E isso aconteceu, principalmente, por causa do segmento de veículos, motos e peças, que tombou 4,7% no período e puxou o resultado do setor para baixo.
De acordo com o a Serasa, o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian, divulgado na última sexta-feira (10), emendou a segunda queda consecutiva. Aliás, outros dois segmentos também caíram em agosto: supermercados, alimentos e bebidas (-0,2%) e tecidos, vestuário, calçados e acessórios (-0,2%). Assim, ajudaram a enfraquecer ainda mais o indicador.
Nem mesmo os avanços registrados por combustíveis e lubrificantes (+0,6%) e material de construção (+0,4%) conseguiram impedir a queda. Além disso, o segmento de móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, e informática manteve estabilidade e não variou no mês.
“O recuo da atividade do comércio em agosto sinaliza que o país ainda enfrenta desafios por conta do alto desemprego e do aumento dos preços, por isso as pessoas estão restringindo as compras apenas ao essencial”, explicou o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.
Indicador da Serasa cresce no comparativo anual
Embora o indicador tenha recuado na comparação mensal, ocorreu justamente o contrário em relação ao mesmo período de 2020. A saber, o índice cresceu 4,3% ante agosto do ano passado. Vale ressaltar que a pandemia da Covid-19, decretada em março de 2020, afetou fortemente diversas atividade econômicas em todo o planeta. E a recuperação ocorreu de maneira lenta, e continua até os dias atuais.
Para ter uma ideia, o resultado em agosto do ano passado ficou 12% menor que o nível registrado no mesmo mês de 2019. Isso mostra que a base comparativa de 2020 ficou bastante enfraquecida. Além disso, indica que o resultado positivo de 2021 na comparação anual não significa que a atividade do comércio brasileiro se recuperou.
Por fim, a própria Serasa Experian afirma que a recuperação do setor é parcial. Em suma, os seguintes segmentos tiveram forte queda no comparativo anual: combustíveis e lubrificantes (-8,6%) e tecidos, vestuário, calçados e acessórios (-7,8%). Isso mostra que a atividade do comércio ainda precisa crescer muito para voltar ao patamar anterior ao da pandemia.
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