No presente momento, o governo está analisando a possibilidade de aumentar a proporção de etanol presente na gasolina para 30%. Dessa forma, aqueles que apoiam essa ideia argumentam que ela pode ajudar a diminuir as emissões de poluentes. Contudo, ainda há preocupações sobre os possíveis danos que isso poderia causar aos motores dos veículos que são movidos à gasolina.
Nesse sentido, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, divulgou ao findar do mês de abril um novo grupo de trabalho técnico dentro do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Seguindo, portanto, as informações oficiais, o grupo será responsável por analisar os efeitos do aumento do teor de etanol na gasolina.
“O anúncio feito em Uberaba durante o lançamento da safra mineira de açúcar e etanol vai muito além da redução das importações do petróleo, sendo um passo fundamental para o Brasil descarbonizar ainda mais a sua matriz de transporte, tornando a mobilidade nas suas cidades mais limpa”, disse o presidente do conselho da Copersucar, Luís Roberto Pogetti.
Alterações no consumo do combustível no país
Diante disso, de acordo com informações disponibilizadas pela Copersucar, o acréscimo de três pontos percentuais de etanol na gasolina, passando de 27% para 30%, pode ocasionar um aumento no consumo do combustível em, aproximadamente, 1,3 bilhões de litros. Sendo assim, a alteração tem o potencial de evitar a emissão de mais de 2,8 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) anualmente.
Luís Roberto Pogetti também pontuou que o etanol foi um dos maiores responsáveis pela diminuição da poluição nas grandes cidades brasileiras nas últimas décadas. Assim, a redução ocorreu tanto pela mistura do biocombustível com a gasolina, quanto pelo uso exclusivo nos veículos após a criação do carro flex.
“Um bom exemplo vem de São Paulo. Considerando que a cidade é uma das 10 cidades mais populosas do planeta e está entre as 50 com o pior trânsito do mundo, é normal esperar que ela se encontre entre as cidades mais poluídas. Entretanto, a capital paulista não aparece nem entre as 1500 cidades mais poluídas. A participação do etanol com mais de 40% da matriz de combustíveis de carros leves é um fator importante desta equação positiva para o meio ambiente e para a sociedade”, explica Luís Roberto Pogetti.
Vantagens de usar o etanol
Acima de tudo, é importante deixar claro que o etanol é um biocombustível produzido a partir da cana-de-açúcar, milho e outras matérias-primas renováveis. Nesse caso, o combustível é amplamente utilizado no Brasil e em outros países do mundo como uma alternativa à gasolina. Por esse motivo, ele, de fato, pode ser vantajoso em muitos quesitos.
A saber, além da vantagem do combustível ser fabricado a partir de matérias-primas renováveis, a sustentabilidade do etanol chama a atenção de muitos consumidores. Resumindo, o biocombustível contribui para a redução da emissão de gases poluentes no planeta. Isso quer dizer que ao fazer uma comparação com a gasolina, o etanol emite menos dióxido de carbono, além de outros gases de efeito estufa que contribuem para o aquecimento global.
Também é válido citar como vantagem do etanol, sua capacidade de promover a independência energética do país. Afinal de contas, o Brasil é um dos grandes produtores mundiais do biocombustível. Como explicado anteriormente, esse biocombustível é produzido a partir de matérias-primas renováveis. Dessa forma, ele não está sujeito às flutuações do preço do petróleo no mercado internacional. Assim, sem dúvidas, se torna uma alternativa mais previsível em termos de preços.
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