Diante da alta dos preços no Brasil e do grande números de desempregados, economistas perceberam o alto número de inadimplência no Brasil. Hoje, 77,7% das famílias possuem dívidas, o que é um indicador extremamente preocupante. Para tentar diminuir esse percentual, o Governo Federal liberou o FGTS para quem tem dívidas com financiamento imobiliário.
Contudo, esse saque do fundo de garantia não acontecerá de forma permanente. Na verdade, ele tem um prazo para acabar, além de ter algumas regras específicas para os trabalhadores que usarão o valor. Nesse texto vamos explicar tudo o que você precisa saber para usar o FGTS com sabedoria.
Como utilizar o FGTS para pagar débitos imobiliários?
Para abater os débitos imobiliários com o valor do FGTS, é preciso seguir alguns critérios, definidos pelo Governo Federal e que já estão em vigor desde o dia 2 de maio. Ao seguir eles, você conseguirá abater o valor de até 80% das suas parcelas em aberto. Vale lembrar que é só para quem está devendo, não para quem quer adiantar parcelas.
Além disso, beneficiários do Casa Verde e Amarela também podem usar essa linha de autofinanciamento. Isso porque a ideia é diminuir a inadimplência no Brasil. Por conta disso, o Governo Federal optou por abrir essa exceção para todos os trabalhadores. Contudo, para solicitar o abatimento dos valores, você não precisa ir em uma agência da Caixa, muito menos acessar o aplicativo do banco.
Isso porque, para usar o FGTS para quitar débitos imobiliários você precisará ir diretamente na instituição financeira que fez o financiamento. Para isso, o trabalhador precisa ter três anos de trabalho sob o regime do FGTS. Vale lembrar que a regra serve para quem está, atualmente, desempregado ou na informalidade. Além disso, o trabalhador não pode ter outro imóvel no município onde trabalha ou mora. Ainda, ele também não pode ter outro financiamento ativo no Sistema Financeiro de Habitação (SFH), mesmo que seja em bancos privados. O valor do imóvel deve ser de até R$ 1,5 milhão.
Vale a pena?
Especialistas apontam que essa é uma excelente oportunidade para quem quer diminuir o estresse financeiro e as contas. Isso porque as despesas com parcelas de financiamento não são a maior causa de inadimplência, mas estão entre as maiores parcelas devidas pelos trabalhadores. Além disso, ao usar o FGTS, o pagamento não interfere nas finanças pessoais.
Além disso, é preciso lembrar que com o saldo do FGTS você poderá abater 80% do valor das parcelas, limitado a 12 parcelas. Com isso, você não quitará todos os seus débitos, mas poderá renegociar juros com as instituições financeiras onde você contratou, podendo, inclusive, ficar em dia em alguns meses. Para isso, basta fazer um planejamento financeiro, cortar algumas despesas e ter um pouco de paciência. Por mais que a situação esteja difícil na maioria dos lares brasileiros, é preciso entender que é possível colocar as finanças em dia.
O prazo para fazer isso é até o último dia do ano, ou seja, 31 de dezembro. Após isso, a Caixa não garante a continuidade do programa e, com isso, você pode perder a chance de colocar as finanças em dia.